Muita gente falou que eu era maluco de ir para o Fortaleza, diz Galhardo

O atleta disputou 14 jogos, marcou três gols e deu uma assistência, se tornando figura querida no Tricolor e peça importante na arrancada do time no Brasileirão

15:19 | Out. 12, 2022

Por: Lucas Mota
Meia Lucas Lima e atacante Thiago Galhardo em treino do Fortaleza no Centro de Excelência Alcides Santos, no Pici (foto: Leonardo Moreira/Fortaleza EC)

Thiago Galhardo, artilheiro do Fortaleza no segundo turno com três gols, relembrou das desconfianças de quando acertou com o Tricolor do Pici, em entrevista ao programa SportsCenter, da Espn. Na época da contratação, o Leão ainda estava sob pressão na zona de rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro. 

O atacante foi anunciado como novo reforço do Fortaleza no fim de junho, na segunda janela de transferências. Ele estreou em 20 de julho. De lá pra cá, o atleta disputou 14 jogos, marcou três gols e deu uma assistência, se tornando figura querida no Tricolor e peça importante na arrancada do time no Brasileirão.

"Muita gente falou que eu era maluco (de ir para o Fortaleza), que era quase irreversível a gente conseguir sair de onde estávamos. Mas é impossível um time que fez a quarta melhor campanha no Brasileiro de um ano e ser rebaixado no ano seguinte. Teve o entendimento de que poderiam chegar mais peças, foram feitas as contratações", afirmou Galhardo.

"Como foi a primeira vez (do Fortaleza) na Libertadores, colocou toda a energia e força ali e acabou deixando de lado o Brasileiro. A eliminação todo mundo questionou muito. Aqui dentro a gente achava que dava para seguir. Mas acho que foi um bom momento para poder focar no Brasileiro. Todos sabem que para sequência de planejamento do clube para seguir crescendo tem que ficar na Série A", acrescentou.

O camisa 91 do Leão voltou a ressaltar que o pensamento da equipe após alcançar os 41 pontos, pontuação necessária para assegurar a permanência, é na classificação para os torneios internacionais.

"Vai ser a primeira vez que um clube que termina na lanterna do campeonato no primeiro turno não vai ser rebaixado. Hoje a gente nem fala mais em rebaixamento e sim em pensar em voltar para uma competição internacional, é olhar pra cima."

Elogios a Vojvoda

Questionado sobre o trabalho do treinador Juan Pablo Vojvoda, Galhardo rasgou elogios e fez comparações com outro técnico argentino que comandou o jogador no Internacional, Eduardo Coudet.

"É um argentino na mesma linha do 'Chacho' (apelido de Eduardo Coudet), de ter a bola, de pressionar. O trabalho dele (Vojvoda) é muito voltado jogo a jogo. O Chacho tinha a maneira de jogar independentemente com quem ia jogar. A gente jogava sempre da mesma forma", explicou.

"Ele (Vojvoda) estuda muito os adversários. Por isso muda muito as peças, os sistemas. Acredita muito no que ele vê e analisa. Ele fala com a gente com propriedade, no olho no olho. Vai jogar aquele que estar treinando melhor. Ele confessa que em algum momento pode errar. Mas ele está sempre na maior transparência possível para passar para a gente. Isso facilita", completou.