Fisioterapeuta do Fortaleza explica planejamento durante pausa da Série A
Albino Luciano explica que os três dias de descanso no início da semana foram alívio na carga de treinos que alguns atletas estavam acostumados quando o período entre os jogos era mais curtoO Fortaleza se reapresentou na última quinta-feira, 22, depois de três dias de descanso após o empate contra o Juventude, que ocorreu no domingo passado, 18, válido pela 27° rodada do Brasileirão.
Em entrevista coletiva, o coordenador de fisioterapia do clube, Albino Luciano, explicou que os três dias de descanso foram concedidos para que os atletas tenham não só um descanso físico, mas também psicológico, uma vez que a comissão entende que o fator mental também é importante na prevenção de lesões.
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“É interessante a gente falar que esses três dias eles servem não só para um descanso físico para os atletas, mas também para um descanso psicológico. Quando falávamos sobre prevenção de lesões, ficávamos muito presos só nas questões físicas e biológicas. Hoje, a visão de lesão tá muito mais ampla, então a gente sabe que os fatores emocionais e psíquicos que influenciam diretamente nisso. Então faz parte mesmo eles saírem um pouco do tema futebol e vivenciarem uma parte com a família, que isso também vai influenciar na prevenção de lesão”, explicou.
Albino ainda explicou que os três dias de descanso, na verdade, foram alívios na carga de treinos que alguns atletas estavam acostumados quando o período entre os jogos era mais curto, e detalhou como é a preparação da equipe em espaços maiores de uma partida para a outra.
“Na verdade, o descanso é aparente. São três dias, mas eles não tiveram um descanso tão grande assim. A gente teve um alívio da carga de treino, mas também controlado. O jogo vai ser na próxima quarta-feira, eles já intensificaram para igualar essa carga de treino anteriormente. O que a gente ganha com esse espaçamento entre os jogos é poder pegar aqueles atletas que sentiram um pouco mais, ou que demoram um pouco mais a se recuperar, e controlar a carga deles”, detalhou.
Calendário "intenso" e prevenção de lesões
O fisioterapeuta também falou a respeito do calendário do futebol brasileiro. Ele vê a quantidade de jogos ao longo do ano como “intensa” e acredita que um tempo maior de recuperação aos atletas seria o ideal.
“A quantidade de jogos é bastante intensa. Não há um tempo ideal de recuperação, talvez precisássemos de um tempo maior, mas a gente que essa questão não é só física pois existem vários outros fatores, mas o ideal seria, sim, um tempo maior de recuperação entre um jogo e outro”, falou.
Por fim, Albino falou sobre a importância na prevenção de lesões e comparou o número de lesões da temporada anterior com a atual, onde vê que o clube manteve a média. Em 2022, o Fortaleza já atuou 59 vezes e deverá encerrar o ano com 70 partidas disputadas.
“Ano passado fizemos 67 partidas na temporada inteira, e só no Campeonato Brasileiro tivemos cerca de 20 lesões. Nesta edição de Brasileirão, mesmo com jogos da Libertadores, estamos até agora com 18 lesões. Então estamos mantendo uma média em relação a 2021. E lembrando quando falamos em quantidade de lesões, também se conta na severidade delas. Porque é diferente um atleta que teve uma lesão grau 3, que vai levar até dois meses para se recuperar, do que outro que teve uma lesão grau 1 e vai ficar fora por até 15 dias. Então tudo isso é acompanhado e verificado na intenção de minimizar ao máximo esses números”, afirmou.
No momento, o Fortaleza não possui nenhum atleta profissional no departamento médico desde o dia 9 de setembro, quando o zagueiro Brayan Ceballos e o meia Lucas Crispim se recuperaram de lesão.