Análise: como o Fortaleza pode encaixar Kayzer, Moisés e Romero no sistema

O recém-chegado atacante disse em coletiva que pode atuar junto de Moisés e Silvio Romero: "Se precisar de bastante gol, aí vai ter bastante, porque se os três estiverem juntos vai dar trabalho"

Durante apresentação na última quinta-feira, 10, Renato Kayzer foi questionado se é possível jogar ao lado de Moisés e Silvio Romero, e o atacante respondeu positivamente que há uma chance do técnico Juan Pablo Vojvoda utilizar os três jogadores no sistema.

Dessa forma, o Esportes O POVO analisou como o trio de ataque pode se encaixar no sistema com três zagueiros do treinador e qual seria a função de cada jogador em campo.

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O Fortaleza joga em um 3-5-2, que se transforma em um 3-2-5 durante a fase ofensiva, com Yago Pikachu e Lucas Crispim nas extremidades, criando amplitude e sendo bastante participativos no setor de ataque. Jussa e Ronald são o primeiro e segundo volantes, respectivamente. Enquanto o camisa 8 é preso para auxiliar na marcação, o segundo volante é intenso e tem mais liberdade, além de ajudar a pressionar a saída de bola da equipe adversária.

Já Lucas Lima desempenha uma função um pouco mais livre dentro de campo, uma vez que o atleta tem bom passe e auxilia na transição entre defesa e ataque da equipe.

Porém, para Kayzer, Moisés e Romero atuarem juntos, Lucas Lima teria que ser sacrificado no sistema para dar lugar ao terceiro homem da frente.

No entanto, sem Lucas, a equipe perde na saída de bola e na qualidade do passe. Além de que com os três atacantes, a equipe pode perder o equilíbrio defensivo. Para resolver esse problema, Felipe pode ser uma alternativa, uma vez que o volante tem boas características de marcação e passe, e poderia pintar na vaga de Ronald e formar dupla com Jussa.

Porém, sem Ronald, o time perde intensidade na marcação pressão na saída de bola adversária. Logo, a função pode ser exercida por Renato Kayzer, que afirmou ser um atleta que, além dos gols, se entrega bastante ao sistema, e que também já atuou fora da posição de referência em outras oportunidades.

Dessa maneira, Kayzer poderia atuar como um segundo atacante que auxilia na construção das jogadas pelo lado e no meio do campo, além de criar espaços quando estiver sem a bola para a infiltração de Silvio Romero ou Moisés.

Assim, o sistema de Vojvoda permaneceria equilibrado. Enquanto Felipe poderia reforçar a marcação ao lado de Jussa, cobrindo Lucas Crispim pela esquerda, uma vez que por ser destro, o ala pode desempenhar a função de meia, sua posição de origem, e contribuir na fase ofensiva pelo meio de campo, enquanto Moisés poderia atuar na extremidade, já que Kayzer e Romero seriam os homens mais centralizados.

Por fim, a linha de cinco ofensiva poderia ser formada com Moisés e Pikachu nas extremidades, enquanto Crispim atua com mais liberdade, desempenhando uma função um pouco mais centralizada. Romero centralizado e Kayzer como segundo atacante.

No entanto, como sugeriu o atacante na coletiva, essa formação seria em um contexto onde a equipe precisasse de muitos gols. Provavelmente, Juan Pablo Vojvoda deverá escolher entre dois dos três atacantes para formar a equipe titular, e a atuação dos três poderia vir como uma ocasião em que a equipe precisaria reverter um resultado, seja para virar uma partida no segundo tempo, ou um primeiro placar negativo do jogo de ida em uma fase eliminatória.

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