Tite revela conversa com Vojvoda sobre jogo tático e dificuldades humanas
O encontro entre o treinador da seleção brasileira e o comandante do Leão aconteceu no último domingo, 19, em um aeroporto de Porto Alegre, enquanto a delegação do Tricolor se preparava para retornar a Fortaleza após o duelo diante do Internacional, pela Série A
17:15 | Set. 24, 2021
A seleção brasileira de futebol foi convocada nesta sexta-feira, 24, para os próximos jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar 2022. Durante a entrevista coletiva, realizada após a convocação dos atletas, o técnico Tite foi questionado sobre o encontro que teve com Juan Pablo Vojvoda, treinador do Fortaleza, no último domingo, 19.
A conversa entre os dois ocorreu em um aeroporto de Porto Alegre, quando a delegação do Tricolor do Pici retornava para Fortaleza após a partida diante do Internacional-RS, pela 21ª rodada da Série A. Segundo o comandante da seleção, o papo com o técnico argentino teve como tema desde aspectos táticos até as dificuldades na vida pessoal, como a ausência da família no dia a dia.
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"Eu conversei com muitas pessoas. Parabenizei o Fortaleza pela grande campanha. Conversei com o Titi, Lucas Lima, Pikachu e com os atletas que estavam ali. Com o presidente Marcelo. E conversei com o Vojvoda algum tempo. Ele comentou sobre uma entrevista que havia saído na Argentina, também falamos sobre futebol, sistema, posição e função. Até porque o jogo tático é real, é visual e de difícil leitura."
Tite revelou que a conversa entre os dois se aprofundou, com trocas de conhecimento de ambas as partes. "Ficamos conversando sobre posicionamentos, sobre funções, quantos ficam entrelinhas, que linhas têm o adversário. Ficamos trabalhando com sistema de 3 e 5. Minha esposa olhava para um lado e para o outro, acho que alguma coisa ela aprendeu."
Sozinho desde que chegou em Fortaleza, Vojvoda optou por morar no Centro de Excelência, sede do Leão. Sua esposa e seus três filhos permanecem na Argentina, país natal da família. De acordo com Tite, o treinador do Tricolor do Pici pediu conselhos sobre o assunto.
"Falamos sobre a dificuldade humana, ele está aqui sem sua família, sem filhos e esposa, sem esse suporte humano. Perguntou para mim como eu fazia isso quando fui no exterior e disse que eu levei a família toda, justamente por esse suporte. Na época meu filho tinha 17 anos, minha filha tinha nove, foi difícil. Ele me pediu essa ajuda, já que nosso trabalho tem esse preço. Nós falamos bastante sobre essas coisas."