Fortaleza trabalha equilíbrio emocional e fisiológico dos atletas da base para obter alto rendimento
O clube utiliza uma ferramenta conhecida como biofeedback, um software que ajuda a reduzir aspectos corporais que interferem no desempenho dos jogadores dentro de campoO Departamento de Performance Humana das Categorias de Base do Fortaleza, sob supervisão da psicóloga do Departamento de Formação, Liana Benício, começou a trabalhar o equilíbrio emocional e fisiológico dos atletas para melhorar o desempenho dentro e fora de campo.
Conhecido como biofeedback, a ferramenta faz uma leitura corporal dos jogadores, com o objetivo de ajudar a reduzir o estresse, a ansiedade, a depressão, a insônia e outros aspectos que podem interferir diretamente na performance do esportista.
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Além da psicologia, o biofeedback também é integrado com outras áreas, como nutrição, medicina, fisiologia e preparação física. A ideia é buscar o equilíbrio completo do corpo do atleta para que ele possa atuar em alto rendimento.
"Entendemos que o rendimento do atleta é um trabalho global. Não é só campo, técnico ou tático. O atleta precisa cuidar do corpo dele. Para isso, precisa estar em equilíbrio de forma fisiológica e aspectos nutricionais. Esse equipamento trabalha com a psicofisiologia. As consequências são múltiplas. Primeiro, o atleta tem mais uma conscientização corporal, do estado que se encontra. Se está muito ansioso, vai perder muita energia no jogo, o foco e a concentração", explicou Liana Benício em entrevista ao site oficial do Fortaleza.
"O biofeedback ajuda a ter essa consciência e a controlar esse equilíbrio do corpo, isso é interessante, que é o que chamamos de nível de ativação. O atleta não pode estar nem muito ativado e nem pouco ativado. Se ele entrar em nível de ativação em equilíbrio ideal, vai ter mais resistência física, pulmonar, mais concentração e melhora o tempo de reação porque esse trabalho ajuda na perfusão sanguínea, que é a oxigenação do corpo, mais especificamente no cérebro, que melhoram as tomadas de decisão em campo", completa a psicóloga.
A ferramenta não possui restrição de idade e pode ser utilizada em crianças, adolescentes ou adultos. Assim, todos os atletas do Sub-11 até o Sub-20 do Leão podem realizar o tratamento para buscar o equilíbrio corporal.
"Na clínica, já trabalho com crianças. Já peguei de 11 anos e 13 anos. Faço com a minha filha, que tem sete anos. Então, assim desde pequenininho que precisamos aprender a se condicionar, atender se estamos muito acelerados, se a fala está muito acelerada e se coração está batendo rápido. Então, vamos ensinar a psicoeducação. Onde você reconhece o seu corpo", ressalta a profissional.
Fernando Rebelo, de 18 anos, zagueiro da categoria Sub-20, passou a fazer os procedimentos de biofeedback em maio deste ano, após sofrer uma lesão.
"É um trabalho muito bom que a Liana faz com a gente. Fora de campo, eu percebi que consegui ter menos ansiedade e viver uma vida mais saudável. E dentro de campo, percebi que consegui me auto regular mais. Tive uma lesão, e dentro desse tempo, eu fiz os trabalhos de biofeedback e foram muito bons para a minha recuperação", contou o atleta.
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