Com melhor campanha no Aspirantes, Fortaleza Sub-23 busca replicar modelo de jogo de Vojvoda
O time sub-23, comandado pelo treinador Léo Porto, tem replicado conceitos táticos do técnico Juan Pablo Vojvoda e fez a melhor campanha da primeira fase do Campeonato Brasileiro de AspirantesO Fortaleza tem buscado implementar um modelo de jogo único nas categorias de base com foco na revelação de novos jogadores para o profissional. O time sub-23, comandado pelo treinador Léo Porto, tem replicado conceitos táticos do técnico Juan Pablo Vojvoda e fez a melhor campanha da primeira fase do Campeonato Brasileiro de Aspirantes. A ideia é fazer com que os jovens atletas cheguem mais preparados e adaptados ao sistema adotado na equipe principal.
O técnico Léo Porto foi entrevistado no FutCast, podcast do O POVO (ouça abaixo), e comentou sobre a importância da padronização do modelo de jogo na base. O comandante também contou que mantém diálogo frequente com Vojvoda sobre conceitos táticos. O próprio treinador argentino tem acompanhado de perto a temporada do time de transição no Brasileirão de Aspirantes, além de observar treinamentos e até interferir.
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"É muito importante padronizar algumas coisas do modelo de jogo. Claro que cada treinador tem algumas preferências. Mas algumas coisas têm que manter na mesma linha, um caminho a ser seguido. Isso é fundamental, principalmente, para o sub-23. Muitas vezes o time está fornecendo jogadores para o profissional. Os atletas do sub-23 que chegam para treinar com o profissional têm que saber como o profissional joga e têm que treinar muito parecido como o profissional treinal. Isso para quando chegar ao profissional, eles ganhem tempo. Quando Vojvoda pedir algum comportamento, eles já vão saber", explicou Léo Porto.
O treinador do sub-23 detalha ações ofensivas do modelo de jogo de Vojvoda que busca replicar na equipe. "Se você assistir o profissional do Fortaleza, tem a saída com três por causa dos três zagueiros. São comportamentos que a gente tenta replicar no sub-23. A pressão ao adversário o tempo todo, ser um time intenso para marcar, bastante agressivo. Ser um time intenso, ter a saída com três, laterais bastante ofensivos. Um time que goste de jogar, que tenha a posse de bola e, o mais importante, saiba o que fazer com a bola. São comportamentos trabalhados no dia a dia para que os jogadores fiquem adaptados com essa maneira de jogar e fiquem bem realizando essas ações na partida", contou.
Léo Porto teve papel importante na adaptação de Vojvoda ao Fortaleza. Quando o argentino foi contratado, ele estava como interino e ajudou na transição de comando. Desde então, mantém conversas com o técnico do time principal com foco na evolução da base.
"Desde o primeiro dia, tivemos uma conversa bem aberta. Até antes da chegada, tivemos uma reunião online onde discutimos bastante coisas. Vojvoda e toda comissão sempre me deixaram à vontade. Aprendo todos os dias com ele. Relação muito próxima. Muitas vezes, Vojvoda está em Maracanaú no treino do sub-23, acompanhando e interferindo. Isso é muito importante. Mostra que o clube está bem sólido em algumas decisões. Você ter o treinador do profissional no treinamento do sub-23, os jogadores se sentem valorizados. Essa conexão entre o sub-23 e o profissional está muito boa, não só dentro de campo, mas fora também."
O Fortaleza está garantido na segunda fase do Campeonato Brasileiro de Aspirantes. O Tricolor é o único invicto e avançou com a melhor campanha geral da competição com 24 pontos conquistados em oito jogos, o melhor ataque com 15 gols junto com o Grêmio e a defesa menos vazada com apenas três tentos. Na próxima etapa, o Leão enfrenta o Bragantino, Avaí e Bahia em jogos de ida e volta na chave D - se classificam para a semifinal o líder e o vice do grupo.
Ouça a entrevista completa de Léo Porto no FutCast: