Orçamento de 2021 do Fortaleza projeta volta do público aos estádios até abril

A agremiação do Pici espera recuperar as receitas de bilheteria e do programa de sócio-torcedor, as mais impactadas devido à pandemia do novo coronavírus

13:16 | Dez. 24, 2020

Por: Lucas Mota
Fortaleza tenta alavancar programa de sócio-torcedor mesmo com a torcida longe da Arena Castelão (foto: JL Rosa/O POVO)

A projeção orçamentária do Fortaleza Esporte Clube para a temporada de 2021 conta com a liberação do público nos estádios de futebol até abril. A agremiação do Pici espera recuperar as receitas de bilheteria e do programa de sócio-torcedor, as mais impactadas devido à pandemia do novo coronavírus em 2020, quando houve paralisação do futebol por três meses e jogos com portões fechados na retomada.

O clube divulgou nesta quarta-feira, 23, o orçamento para o próximo ano, estipulando receita bruta de R$ 113 milhões. Em 2019, quando o Fortaleza apresentou superávit de 3,4 milhões, a projeção era de receita recorde de R$ 109 milhões em 2020. Entretanto, com os impactos da pandemia, o orçamento revisto em meados deste ano prevê déficit de cerca de R$ 2 milhões.

Diretor financeiro do Fortaleza, Maurício Guimarães explica que o orçamento para a temporada 2021 tem uma projeção otimista com a retomada do público aos estádios. "Todo orçamento é baseado em previsões. Esperamos a retomada dos jogos com abertura dos estádios em sua plenitude. A nossa projeção é de que aconteça a partir de março para abril. A pandemia trouxe muitas preocupações e prejuízos", comentou.

Conforme o orçamento de 2021, o clube projeta R$ 27,3 milhões de receitas geradas por bilheteria e do programa de sócio-torcedor. A previsão é movimentar os cofres com partidas no Campeonato Cearense, Copa do Nordeste, na Copa do Brasil e no Brasileirão Série A.

A Sul-Americana, competição que o time disputou em 2020, não foi incluída. De acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o Leão tem 23.3% de chances de classificação para a competição.

O déficit em 2020 está dentro do esperado pela diretoria, segundo Maurício Guimarães. "Sem bilheteria, ficou debilitado. Houve fuga do sócio. As adesões são tímidas. A principal contrapartida para o torcedor é assistir o futebol presencialmente. Foram dois itens impactados, trazendo bastante prejuízos."

A receita gerada por bilheteria em 2019, quando o Fortaleza teve a nona melhor campanha e a segunda maior média de público (33 mil) na Série A, foi de R$ 11 milhões. Em 2020, com a presença de público apenas até março, o clube registrou R$ 5,6 milhões. A projeção no orçamento para o próximo ano é de R$ R$ 12,6 milhões.

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Receitas do Fortaleza
Cotas de TV
2020: R$ 42,3 milhões
2021: R$ 51,4 milhões

Sócio-torcedor
2020: R$ 12,6 milhões
2021: R$ 14,4 milhões

Bilheteria
2020: R$ 5,6 milhões
2021: R$ 12,9 milhões

Patrocínios
2020: R$ 8,2 milhões
2021: R$ 9,8 milhões

Lojas
2020: R$ 8,4 milhões
2021: R$ 12 milhões

Vendas de atletas
2020: R$ 7,6 milhões
2021: R$ 7,5 milhões

Total
2020: R$ 88,31 milhões
2021: R$ 113,71 milhões

Despesas do Fortaleza
Futebol profissional
2020: R$ 62 milhões
2021: R$ 73,8 milhões

Compras de produtos
2020: R$ 4,8 milhões
2021: R$ 6,2 milhões

Despesas tributárias
2020: R$ 7,2 milhões
2021: R$ 5,3 milhões

Despesas administrativas
2020: R$ 3,9 milhões
2021: R$ 5,5 milhões

Folha do administrativo
2020: R$ 2,7 milhões
2021: R$ 3,4 milhões

Outras categorias
2020: R$ 2,8 milhões
2021: R$ 2,6 milhões

Jogos
2020: R$ 3,2 milhões
2021: R$ 8,8 milhões

Lojas
2020: R$ 1,5 milhões
2021: R$ 3 milhões

Sócio-torcedor
2020: R$ 1,1 milhões
2021: R$ 1,4 milhões

Total
2020: R$ 90,94 milhões
2021: R$ 113,44 milhões