Felipe Alves diz que diminuição de jogo com os pés é consequência dos adversários que vem enfrentando

Goleiro titular do Fortaleza garante que Chamusca preservou até 90% do que o clube já fazia e argumentou que, na verdade, os clubes que o Tricolor enfrentou recentemente não tem pressionado a saída de bola

21:21 | Nov. 27, 2020

Por: Brenno Rebouças
Felipe Alves atuou como um líbero em toda a era Rogério Ceni no Fortaleza (foto: Aurelio Alves/ O POVO)

O torcedor do Fortaleza acostumou-se a ver Felipe Alves quase como mais uma peça de linha. Não raro, o goleiro carregava a bola até o meio de campo, começava jogadas de ataque com bolas longas e por vezes tocava mais na bola com os pés que jogadores de ataque do time.

Nos últimos jogos, no entanto, o titular da meta tricolor vem participando menos do jogo dessa forma. A explicação até poderia ser uma modificação feita por Marcelo Chamusca, que assumiu o time há duas semanas, mas o próprio Felipe Alves garante que não, alegando que isso acontece devido ao que o time encontra em campo nas partidas.

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“O fato de estar jogando menos (com os pés) são os adversários que a gente jogou contra. O Goiás foi um time que marcou com uma linha de cinco e outra de quatro, então é difícil quando você pega times que não te pressionam, não tem como você fazer uma saída sem ser pressionado, são poucos os times que hoje se dão ao luxo de pressionar e mesmo que pressionem é coisa de duas ou três tentativas e a gente consegue ter êxito nas saídas, daí eles acabam recuando porque é um desgaste muito alto marcar pressão o tempo todo”, justificou o goleiro.

Para Felipe Alves, um dos pontos positivos de Marcelo Chamusca ao assumir o Fortaleza foi manter a maior parte do trabalho deixado por Rogério Ceni. “Ele foi um cara que chegou e manteve o que a gente vinha fazendo, em 80% ou 90%, inclusive a saída de bola [...] e está aos poucos agregando o trabalho dele para que a gente possa conhecer também e poder ajudar dentro daquilo que ele pede pra fazer”, disse.

O goleiro titular do Fortaleza enfatizou ainda que nem mesmo tempo para fazer mudanças drásticas Chamusca teve ainda. “É muito mais baseado no adversário que estamos enfrentando e na leitura de jogo que a gente faz decorrente do próximo adversário”, explica Felipe Alves, sobre a diminuição de sua participação nos jogos com os pés.