De volta à Série A, Fortaleza fechou 2019 com superávit, o que não acontecia desde 2016

O retorno à Série A do Brasileiro fez bem aos cofres do Fortaleza. O clube fechou a temporada 2019 com superávit, o que não acontecia desde 2016. As cotas de transmissão de TV, o boom no programa de sócios torcedores e os bons resultados esportivos foram os principais responsáveis pelo lucro.

O balanço financeiro divulgado pela diretoria executivo do Tricolor na noite de sexta-feira, 17, mostra que o exercício de 2019 terminou com saldo de R$ 3.444.392,81 milhões. No demonstrativo financeiro anterior, de 2018, mesmo com os títulos conquistados e o acesso à divisão principal do Campeonato Brasileiro, o clube havia terminado a temporada com déficit de mais de R$ 1,5 milhão.

O superávit de 2019 ganha ainda maior relevância se comparado ao último, de 2016, quando o clube fechou no azul, mas com cerca de R$ 325 mil. Levando em consideração ao orçamento do Leão para a atual temporada, de R$ 109 milhões, porém, o saldo ainda se mostra tímido.

Estar no azul, entretanto, é o mais importante e participar da principal competição nacional ajudou o Fortaleza neste quesito. Dentre as receitas do clube ligadas diretamente ao futebol, a maior foi a de direitos de transmissão de TV, que superou a casa dos R$ 31 milhões. Logo em sequência veio a arrecadação com o programa de sócios-torcedores, que gerou mais de R$ 18 milhões. Na lista, praticamente empatam na terceira colocação premiação por performance e bilheteria, ambas na casa dos R$ 11 milhões.

As vendas nas lojas do clube também merecem destaque, com arrecadação superior a R$ 15 milhões. De forma bruta, o Leão faturou mais de R$ 120 milhões em 2019. O valor líquido (Já com os descontos) ficou em R$ 108.600.138,75.

Deste último montante, a maior parte foi investida no futebol profissional. O demonstrativo financeiro aponta que mais de R$ 69 milhões foram investidos no elenco e tudo que está ligado diretamente ao departamento de futebol.

“Isso é resultado de uma boa gestão e resultados esportivos, que trazem recursos. A torcida chega junto com sócio-torcedor, com lojas”, analisa o diretor financeiro do Fortaleza, Maurício Guimarães. Para ele, jogar a Série A é de fato um diferencial, mas também exige mais cuidado com a parte financeira. “É um outro patamar, outra situação, mas para se manter precisa investir e para isso é necessário alinhamento e responsabilidade”, disse.

Para conferir o Balanço Financeiro de 2019 do Fortaleza: clique aqui