Ferroviário inicia processo de abertura da SAF e projeta assembleia em outubro

A projeção é que o grupo português compre uma porcentagem superior a 90% das ações da SAF, mas a decisão passará por votação dos conselheiros e, posteriormente, dos torcedores

O caminho até se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) já tem um novo episódio na Barra do Ceará. Com a minuta oficial em mãos do que será a proposta do grupo português, interessado na compra de pelo menos 90% das ações, o Ferroviário já conversa com um escritório que deve realizar a análise documental e a abertura da SAF. A diretoria planeja realizar as assembleias de votações com valores e emendas no mês de outubro, conforme apurou o Esportes O POVO.

Com contrato inicial estipulado em dez anos, investimentos na estrutura, aporte de todas as dívidas do Tubarão da Barra e a derrubada do Elzir Cabral para a construção de um novo centro de treinamento, a diretoria coral, que mantém os valores em sigilo, já tem as emendas da proposta, que será debatida entre os conselheiros no mês de outubro e levado a voto da torcida caso aprovada – o que deve acontecer de forma unânime.

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Após passar pela reunião extraordinária do conselho, quando tende a ter aprovação máxima nos votos, uma nova assembleia será divulgada e reunirá os sócios do escrete coral. O Estatuto do Ferroviário permite a participação de sócios proprietários e sócios torcedores com, no mínimo, 3 anos ininterruptos de contribuição. O momento teria uma logística parecida às eleições de mandatário.

Entenda o processo para abertura da SAF e em que fase está o Ferroviário

Passando a ser adotada por uma quantidade significativa de clubes brasileiros, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um tipo específico de empresa – criado em 6 de agosto de 2021 pelo congresso. Os times podem ser fundados diretamente com essa estrutura, podem ser convertidos de associação civil para SAF – o que deve acontecer com o Ferroviário pela porcentagem comprada – ou podem fazer a cisão de seu departamento de futebol, com a transferência de todos os ativos relacionados à atividade, como acontece no Fortaleza, por exemplo.

Uma vez que a companhia é constituída, é possível vender parte majoritária, minoritária ou todo seu capital para um novo proprietário. Ou seja, antes de ser vendido, o clube passa por um processo interno para se tornar uma SAF. Por isso, a diretoria coral já conversa com um escritório especializado, que deve ser contratado e fará a análise documental para a abertura da SAF do Ferroviário.

Como adiantado pelo O POVO, internamente, a movimentação é vista como necessária para aumentar a competitividade e é unanimidade entre diretoria e conselho. Contudo, ainda que o conselho aprove a proposta, como deve acontecer, o Ferroviário levará a decisão para uma assembleia democrática, como costuma fazer.

Após o rebaixamento à Série D do Campeonato Brasileiro, o investimento proposto pelo grupo português foi reduzido. Contudo, o grupo apontou desde o início que não recuaria nas tratativas e segue interessado no clube coral. A ideia do Tubarão da Barra é utilizar o novo modelo para encontrar maior estabilidade financeira nas próximas temporadas.

Como citado, a decisão passará ainda pela votação do conselho deliberativo do clube e, posteriormente, pelos sócios torcedores do clube. Em nota após o término da frustrante temporada do Ferroviário, o clube emitiu uma nota lamentando os acontecimentos do ano e projetando 2025, citando os avanços da SAF.

“Com o apoio do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal, avançamos na implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Reconhecemos que o modelo associativo atual apresenta limitações que dificultam a profissionalização e o crescimento do clube, e acreditamos que a SAF é o caminho para levar o Ferroviário a um novo patamar de excelência”, ressaltou a nota.

Tópicos do modelo de contrato adiantados pela Coluna de Fernando Graziani

1. Exigência da compra de 90% das ações da SAF do Ferroviário;

2. Contrato inicial por um período de 10 anos, prevendo investimentos obrigatórios anuais na estrutura física, médica, fisiológica e, claro, na formação de um time forte no futebol;

3. Aporte inicial na assinatura do contrato para pagamento de todas as dívidas do Ferroviário, que hoje giram em torno de R$ 2 milhões (valor considerado pequeno pelos investidores quando avaliaram o potencial que o clube pode gerar);

4. Derrubada de toda a estrutura que existe hoje em Elzir Cabral para a construção de um Centro de Treinamento extremamente moderno e eficiente. Já existe projeto e maquete prontos, inclusive;

5. Trabalho firme e efetivo para revelação de jogadores nas categorias de base com objetivo de aproveitamento no time principal e transferências para o exterior

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