"O Estado do Ceará jamais terá torcida única", diz diretor jurídico da FCF

A Federação Cearense de Futebol defende que os clubes cearenses não voltem a jogar em Pernambuco até terem um melhor esquema de segurança

Após o episódio de atentado contra a delegação do Fortaleza, o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva decidiu por unanimidade aplicar ao Sport a punição de oito jogos com portões fechados e uma multa no valor de R$ 80 mil. Em entrevista exclusiva ao programa Esportes do POVO, da rádio O POVO CBN, o diretor jurídico da Federação Cearense de Futebol (FCF) comentou acerca das decisões tomadas.

“Nós estamos falando não só do Fortaleza, mas do futebol cearense. A FCF está defendendo o interesse dos seus filiados. (...) Então o nosso pedido é de que não haja jogo em Pernambuco enquanto não for provado que há segurança para todos nós”, disse Eugênio Vasques.

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Com a decisão do STJD, a FCF comunicou que irá recorrer ao parecer da entidade jurídica por entender a medida como uma decisão branda. A Federação Cearense entende a expulsão do Sport da Copa do Nordeste como punição equivalente ao atentado ocorrido. Sobre essa questão, Eugênio Vasques se mostrou insatisfeito porque a sentença não considerou o histórico de violência envolvendo a torcida do Sport.

“A Federação vai recorrer porque entende que a punição foi branda. O que a gente lamentou no julgamento é que não foram observadas as reincidências. (...) Nós entendemos que a punição deveria ter sido, pela reincidência do Sport, com pena máxima”, declarou.

Jogos de torcida única

Como medida de prevenção aos episódios de violência, algumas federações têm adotado o regime de torcida única. O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, implementou torcida única nos jogos entre Sport e Santa Cruz pela semifinal do Campeonato Pernambucano. Evandro chegou a declarar que pediria à CBF torcida única em todos os jogos realizados no Brasil durante um ano. Sobre o tema, o diretor jurídico da FCF se posicionou contra.

“Tanto se fala em democracia hoje em dia e querem tirar a democracia dos estádios. Eu acho isso (torcida única) um desserviço ao futebol e aqui no Ceará jamais haverá torcida única”, afirmou Eugênio Vasques.

 

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