Impasse em acordo da Liga Forte vira entrave para adiantamento de R$ 500 milhões aos clubes
Nota divulgada pela LFF na última sexta-feira deu como certo o acordo de investimento com os fundos Life Capital Partners e Serengeti, que garantiria um aporte de R$ 2,3 bilhões e um adiantamento imediato de R$ 500 milhões. Número insuficiente de assinaturas, porém, emperrou o negócioA Liga Forte Futebol, composta por 26 clubes, incluindo Ceará e Fortaleza, cometeu um equívoco e vive um impasse interno. Na última sexta, uma nota oficial foi divulgada confirmando o acordo de investimento com os fundos Life Capital Partners e a Serengeti, que garante um aporte de R$ 2,3 bilhões. O problema é que a LFF ainda não tem o número mínimo de assinaturas dos times para fechar o negócio.
No comunicado emitido pela LFF e também por alguns clubes, somente três equipes não haviam assinado o acordo: Atlético-MG, Internacional e Náutico. Desta forma, estariam garantidas pelo menos 23 assinaturas das 26 possíveis das equipes envolvidas, número que seria suficiente para concretizar o negócio.
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Entretanto, Coritiba e ABC, embora tenham aceitado os termos verbalmente em uma reunião anterior, não assinaram o documento. Para a concretização do negócio é preciso pelo menos 22 assinaturas.
Internamente, a nota emitida pela LFF e alguns clubes, incluindo Ceará e Fortaleza, é tratada como um equívoco pelo bloco. Em reunião realizada no dia 16 de junho, todos os 26 clubes aceitaram, de forma verbal, os termos do acordo de investimento entre os membros da LFF com os fundos Life Capital Partners e Serengeti.
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Com o aceno positivo, a assinatura do contrato, marcada para acontecer em reunião na última sexta-feira, 30 de junho, foi tratada como “mera formalidade”. O bloco já tinha ciência que Atlético-MG, Internacional e Náutico poderiam não assinar, mas a surpresa ficou por conta do ABC e Coritiba, que alegaram questões burocráticas internas para o recuo momentâneo.
Desta forma, com somente 21 assinaturas, o acordo não pode ser selado oficialmente, o que impacta diretamente nas projeções de Ceará e Fortaleza. Ainda na nota divulgada na última sexta, foi revelado que haveria um adiantamento de R$ 500 milhões aos clubes que assinaram o acordo, valor este que resultaria em R$ 12 milhões ao Vovô e R$ 24 milhões ao Leão já neste mês de julho.
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O montante, entretanto, não será liberado enquanto pelo menos um dos cinco clubes ausentes assinarem. Uma outra possibilidade é de um acordo interno para que, mesmo sem o número suficiente de assinaturas, a distribuição do adiantamento seja feita, mas o cenário é tratado como improvável.
Apesar do imbróglio...
A expectativa é de desfecho positivo. Coritiba e Internacional não devem dificultar o processo e a tendência é que assinem o documento. O clube gaúcho, inclusive, fará uma reunião com conselheiros nos próximos dias para tratar sobre o assunto, enquanto o Coxa precisa resolver algumas questões relacionadas à chegada da SAF.
Nos outros três clubes, o cenário é o seguinte: Atlético-MG vive um conflito interno, onde há um bloco de pessoas que preferem a LIBRA ao invés da LFF; o Náutico tem demonstrado insatisfação com os valores e contesta as receitas destinadas para os clubes da Série C; ABC resolve pendências internas.