Sejuv aguarda aval do Corpo de Bombeiros para retirar cadeiras inferiores do Castelão
Rogério Pinheiro explica que mudança seria nos setores inferiores norte e sul, atrás dos gols, onde as principais torcidas organizadas e Ceará e Fortaleza passariam a ficar
18:56 | Nov. 05, 2022
Tema recorrente no futebol cearense, a retirada de cadeiras dos setores das torcidas organizadas na Arena Castelão pode enfim se concretizar. Titular da Secretaria do Esporte e Juventude (Sejuv), Rogério Pinheiro, responsável pela administração do estádio, disse ao Esportes O POVO que a pasta aguarda uma posição do Corpo de Bombeiros sobre o tema para realizar a mudança.
O gestor revelou que Ceará e Fortaleza se juntaram ao Governo do Estado para a contratação de um engenheiro, que realizou estudo técnico acerca da possível mudança. O projeto prevê retirar as cadeiras de setores inferiores norte e sul, ou seja, atrás de cada gol, onde ficam as torcidas de Vovô e Leão.
"Nós contratamos, junto com os clubes, um engenheiro, que fez um estudo e um laudo técnico. Fizemos todos os testes com os barramentos necessários e verificamos que o dispositivo apresentado suporta a força da torcida em movimentação, é uma exigência do corpo de segurança, que é uma barra antiesmagamento. Esse projeto foi protocolado no Corpo de Bombeiros, com todas as plantas do estádio, e estamos aguardando a avaliação do Corpo de Bombeiros, que é o órgão responsável pela emissão e liberação laudo de segurança do estádio. Caso seja positivo, estamos aptos à retirada das cadeiras das duas inferiores, de trás dos gols", disse o secretário.
"Diferente dos estádios exclusivos de cada time, como Corinthians e Grêmio, por exemplo, aqui, como dois clubes mandam, a gente tem obrigação de retirar das duas áreas, onde tradicionalmente cada torcida permanece. Os bombeiros aprovando, nós ficamos aptos e prontos para a retirada das cadeiras", emendou Pinheiro.
As principais organizadas dos clubes, que geralmente ocupam a área superior, ficariam na nova área sem cadeiras, mudança já discutida com a Polícia Militar.
"Com relação às torcidas, nós tivemos vários jogos em que a torcida organizada esteve presente na área inferior. Então, com essa retirada elas ficariam permanentemente nas áreas inferiores do estádio, já avaliado também com a Polícia Militar", falou.
A discussão voltou à tona após os episódios de vandalismo e confusão generalizada no jogo Ceará x Cuiabá, no último dia 16 de outubro, em que 429 foram quebradas no Gigante da Boa Vista. Anteriormente, tanto o Alvinegro quanto o Tricolor já tinham se manifestado sobre as despesas que tiveram ao longo da temporada com danos na praça esportiva.
Com informações de Brenno Rebouças