"Não existe desespero", diz dirigente sobre venda de Pulga e outros atletas do Ceará
Diretor de futebol do Vovô, Haroldo Martins reforçou que o clube só fará negócio se for vantajoso e que a ideia é não "se desfazer dos ativos por qualquer motivo"
Em entrevista exclusiva ao programa Esportes do POVO desta quinta-feira, 19, da Rádio O POVO CBN, o diretor de futebol do Ceará, Haroldo Martins, enfatizou que não existe desespero para a venda de atletas, e isso inclui alguns dos importantes ativos que o clube possui, como Erick Pulga, que está na mira do Bahia, e David Ricardo.
De acordo com o dirigente, o Alvinegro de Porangabuçu espera que as propostas atinjam os valores desejados para que eventuais negociações avancem, já que o clube não vai se “desfazer dos ativos por qualquer motivo”. Caso contrário, a ideia do Vovô é de utilizar os atletas ao longo da temporada, sobretudo na Série A, principal competição do time em 2025.
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“Não existe desespero. O Ceará definiu valores e espera que eles cheguem. Não vamos nos desfazer dos ativos por qualquer motivo ou negociação, não tem sentido isso. Se os valores atenderem ao Ceará e aos atletas, ótimo, é um negócio bom para todo mundo. Se não, os atletas seguem no Ceará, a gente confia no potencial técnico deles para jogar uma Série A, tanto o David Ricardo, Erick Pulga e outros ativos. Não tem desespero para fazer negócio”, comentou.
Haroldo Martins fala sobre situação financeira do Ceará para 2025
Questionado sobre em que panorama financeiro o Ceará terminou a atual temporada, Haroldo Martins confirmou que o clube tem problemas para serem solucionados em 2025, mas que não há nenhuma pendência com o elenco que conquistou o acesso à Série A – que, vale ressaltar, receberam os últimos dois meses de salário de forma antecipada.
“A gente terminou a Série B com salários em dia, inclusive pagando antecipadamente os últimos dois meses. O Ceará carrega, sim, problemas que vai ter que resolver. Essa volta à Série A permite uma solução, já que eleva o orçamento. A gente está entre os cinco menores orçamentos da Série A”, contou.
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Visando a próxima temporada, o diretor de futebol do Vovô pregou cautela quanto ao orçamento, que será o maior da história do clube, mas ainda distante de outras equipes que disputarão a elite nacional. Segundo o dirigente, parte do montante anual será destinado a solucionar os problemas acumulados dos anos anteriores, marcados por rebaixamento (2022) e não acesso (2023).
“Quando se coloca na manchete que o Ceará terá o maior orçamento da história, parece que o clube ficou rico da noite para o dia e agora vai contratar todos os jogadores mais caros do mercado. O Ceará tem outros problemas a resolver e esse orçamento vai em parte, também, para isso. Esperamos que a volta à Série A ajude a solucionar esses dois anos de problemas financeiros que carregamos, ainda por conta do rebaixamento. A gente tem que usar esse acesso não só para competir, mas para criar esse colchão financeiro no Ceará para que voltemos a ter estabilidade”, concluiu.