Glória no último ato: Ceará arranca na reta final da Série B pelo acesso
Vovô faz ótima campanha no segundo turno, conta com tropeço do Novorizontino e consegue retornar à elite do futebol brasileiro
20:40 | Nov. 24, 2024
O roteiro do Ceará na luta pelo sonhado acesso terminou feliz com o empate diante do Guarani na noite deste domingo, 24, mas chegou a desenhar-se em um final frustrante, uma cena típica de “quase lá”, em parte da campanha do escrete preto-e-branco. Quando restavam apenas cinco rodadas, o Vovô estava a cinco pontos do G-4 e havia acabado de perder para o Santos em uma rodada desastrosa, na qual todos os seus concorrentes diretos ganharam seus jogos.
O time de Léo Condé parecia nadar e perder a força próximo à praia. A distância do G-4 diminuía, mas voltava a crescer na rodada seguinte, incontáveis vezes. Nem mesmo os resultados dos adversários colaboravam. Contudo, nos capítulos derradeiros, o Alvinegro assumiu o papel de protagonista resiliente e reverteu a situação com quatro vitórias consecutivas e uma igualdade.
Para um time que ainda não havia conseguido vencer três duelos seguidos em todo o torneio, a missão do acesso exigia perfeição: ganhar pelo menos quatro partidas das cinco restantes, tendo ainda que contar com tropeços de seus rivais. Assim fez, vencendo quatro das cinco que faltavam em uma arrancada emblemática. Na sequência final, bateu Paysandu (2 a 1, em casa), Avaí (2 a 0, em casa), Botafogo-SP (4 a 1, fora de casa), América-MG (1 a 0, em casa) e empatou com o Guarani (0 a 0).
Foi como se, após tropeçar diversas vezes em seus próprios pés por boa parte da trama, o Ceará encontrasse, enfim, o equilíbrio. A série invicta na reta final vieram com nove gols marcados e seis sofridos. Contudo, a melhora no desempenho em campo chegou antes da sequência positiva. Ainda que deixasse escapar pontos que pareciam acessíveis — o que fez o time precisar de tal “milagre” —, o Vovô fez a melhor campanha do segundo turno, superando até mesmo o líder Santos.
As atuações transformaram desconfiança em esperança e, posteriormente, a esperança em euforia, em especial jogando em seus domínios onde terminou a série B com sete vitórias consecutivas e um empate e uma média de público astronômica, chegando a registrar a maior quantidade de torcedores — também protagonistas na reta final — do Castelão desde que virou arena, com mais de 63 mil diante do América-MG.