Pilar do meio-campo do Ceará, Mugni cresce na marcação e ajuda defesa alvinegra

A mudança posicional resultou em um atleta com menos participações em gols — comparado ao final do primeiro turno, quando registrou quatro assistências em seis partidas —, mas trouxe mais consistência coletiva para o Ceará

Pilar de sustentação do meio-campo do Ceará, o meio-campista Lucas Mugni passou a ser protagonista em aspectos defensivos. A contribuição do camisa 10 resultou em um time mais compacto e coeso, capaz de impedir o avanço adversário, sobretudo por dentro.

O argentino de 32 anos passou a atuar mais recuado e, com bola, cai mais pela esquerda, para trabalhar diretamente com Erick Pulga. A mudança posicional resultou em um atleta com menos participações em gols — comparado ao final do primeiro turno, quando registrou quatro assistências em seis partidas —, mas trouxe mais consistência coletiva para o Ceará. Defensivamente, registra, em quatro confrontos no returno, 22 desarmes, quatro interceptações, um corte e uma finalização bloqueada e 34 duelos ganhos (64,1%).

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“Agora jogando de segundo, ele aparece mais em zonas onde consegue ter posses mais longas, mais confortáveis, ao mesmo tempo precisa entregar vantagem para os companheiros mais adiantados. Fica mais longe do gol, porém consegue enxergar mais do adversário e dos companheiros. É um desafio de tentar ser mais agressivo com a bola, manipular o adversário para entregar a bola com tempo e espaço para os companheiros, saber por onde é mais interessante avançar”, explicou Kleyton Sampaio, analista de desempenho do Lucas Mugni.

Lucas Mugni, além de líder de assistências do Alvinegro de Porangabuçu, superou Matheus Bahia e se tornou o atleta do Vovô com mais desarmes na Série B, com média de duas roubadas de bola por jogo.

“Tem dois aspectos cruciais que têm feito a diferença, que é a capacidade de usar o pé não dominante nas abordagens defensivas (antes a maioria das abordagens era apenas com o pé esquerdo). E um ajuste corporal, que foi baixar o centro de gravidade, e o perfilamento para correr para trás, o que aumenta a capacidade de mobilidade na ação, facilitando dar continuidade na jogada com mais ações recuperação, mesmo após não ter uma primeira abordagem bem sucedida”, concluiu o analista.

O trabalho desenvolvido por Kleyton Sampaio para Lucas Mugni passa por valorizar valências que o atleta dispõe, baseado no pedido do técnico Léo Condé. No clube, o camisa 10 atuou como segundo volante, meia-armador e segundo atacante, mostrando a versatilidade que oferta à comissão.

Em 2024, Mugni atuou em 33 partidas, com 1.742 minutos em campo, registrando um gol e nove assistências. Em entrevista ao O POVO, o meio-campista revelou que vive o auge técnico e mental no clube de Porangabuçu.

Veja números defensivos de Lucas Mugni no returno da Série B

vs Guarani:

  • 7 desarmes
  • 1 interceptação
  • 1 corte
  • 11 duelos ganhos de 18 (61,1%)

vs Mirassol:

  • 6 desarmes
  • 1 interceptação
  • 6 duelos ganhos de 11 (54,5%)

vs CRB:

  • 3 desarmes
  • 1 interceptação
  • 1 finalização bloqueada
  • 7 duelos ganhos de 10 (70%)

vs Novorizontino:

  • 6 desarmes
  • 1 interceptação
  • 10 duelos ganhos de 14 (71,4%)

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