João Paulo lamenta discussões em votação do estatuto: "Um dos dias mais tristes que vivi no Ceará"

A votação da última segunda-feira, 20, que reprovou o novo estatuto do Ceará, foi marcada por um clima tenso, com discussões acaloradas entre situação e oposição e vaias para conselheiros e conselheiras do clube. Presente no evento, o presidente do Vovô, João Paulo Silva, demonstrou nesta quinta-feira, 20, decepção pelos confrontos e ataques verbais e classificou o episódio como "um dos dias mais tristes" que viveu no Alvinegro de Porangabuçu. 

"O que aconteceu na segunda-feira, pra mim, foi um dos dias mais tristes que eu vivi no Ceará", frisou ele, que explicou os sentimentos referentes as vaias contra conselheiras mulheres.

"Entrei no Ceará em 2012 pelo projeto Ceará 2000. Tive muitas alegrias, tristezas, mas não ao ponto do que eu vi na segunda-feira. Aquilo ali é inaceitável. Precisamos respeitar as pessoas acima de tudo e as decisões. Cada um tem seu motivo de escolher o que vai ser melhor pro clube, pro que vai ser apontado ali, e foi uma falta de respeito muito grande. Foi uma ferida muito grande dentro de mim principalmente quando atingiu as mulheres. Tinha uma moça que estava grávida, a própria (conselheira) Inês Cabral que dedicou muitos anos da vida ao Ceará, que o Ceará é a família dela, a vida dela. A gente fica muito triste com aquilo", ressaltou.

Em relação aos ataques e vaias pessoais que recebeu, o mandatário alvinegro pontuou que não se abala, diferentemente de quando o ataque ocorre direcionado às conselheiras.

"Com relação a mim, eu tenho 45 anos e sempre fui muito bem resolvido como pessoa. Cada dia que passa o ser humano precisa ser uma pessoa melhor e procuro sempre isso. (...) Sou muito temente. Tenho medo, mas entrego nas mãos de Deus e peço o melhor. Fico tranquilo com meu equilíbrio, mas aquilo ali me dói, mas me doeu mais aquela cena de agressividade aquelas senhoras", salientou.

De uma maneira franca, João Paulo opinou ainda achar difícil ocorrer uma união entre as partes que se enfrentaram pela agressividade do tom dos debates. 

"Sendo bem franco, pelo que foi visto principalmente segunda-feira, acho difícil acontecer uma união entre conselheiros. Não tô falando institucional. Muitas pessoas são agressivas e isso me deixa triste porque todo mundo tem o mesmo objetivo. Queremos o bem do Ceará, elevar o nome do Ceará no mercado, mas eu fico realmente triste com tudo isso que vem acontecendo. Essa forma de tratamento e esse desrespeito", finalizou.