Ceará: oposição fez pedido para que votação do novo estatuto não fosse adiada

Solicitação de reconsideração não foi atacada pela juíza de direito, que manteve o adiamento

O imbróglio político envolvendo situação e oposição no voto pelo novo estatuto do Ceará segue ganhando novos capítulos. Nesta terça-feira, 11, após adiamento da votação final por determinação da Justiça, conselheiros de oposição enviaram um pedido de reconsideração para a 36ª Vara Cível, mas a solicitação não foi acatada pela juíza de direito Antônia Dilce Rodrigues.

O pedido argumentava que a decisão pela Assembleia Geral Extraordinária para esta terça-feira, 11 de junho, havia sido designada pela diretoria executiva do clube desde o dia 30 de maio, de modo que a logística de segurança para o evento poderia ter sido traçada nesse meio tempo.

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Além disso, os conselheiros argumentaram que a mudança de data no mesmo dia da votação poderia vir a prejudicar votantes que teriam de providenciar diferentes logísticas para participar do evento. 

Ao Esportes O POVO, o conselheiro e vereador Danilo Lopes expressou cansaço pelo imbróglio, mas explicou resta aos votantes esperar o novo dia da votação pela determinação da Justiça.

"Tínhamos a expectativa de tudo finalizar hoje. É uma celeuma muito grande, cansa a todos, mas todo mundo teve a oportunidade de emendar, votar e de expor seu pensamento. Quem não participou é porque não quis, pois teve a convocação, mas o que podemos fazer? É aguardar a nova data e no dia votar e ver efetivamente quem quer a mudança e a modernidade no clube e quem não quer. Ninguém efetivamente pode fazer nada. Infelizmente. O Ceará virou um clube dividido, virou um clube com divergências em relação a forma como o clube tem que seguir enquanto time do povo", pontuou.

O momento de votação no novo estatuto do clube deve contar com a presença de torcedores e também da imprensa e foi nessa argumentação que a diretoria executiva conseguiu a determinação do adiamento.

Uma das principais pautas em questão do novo estatuto do Ceará é a abertura de voto para sócios-torcedores que possuírem adimplência com os planos acima de 24 meses, mas outros pontos tem gerado um grande imbróglio político no clube entre oposição e situação.

As partes tem divergido de maneira mais efusiva desde as apresentações das emendas. De um lado, a situação se põe crítica ao novo estatuto, enquanto a oposição defende que o texto logo seja aprovado.

Os embates, que já foram para vias judiciais, tiveram novos episódios na última segunda, 10, quando o presidente do Ceará, João Paulo Silva, se pronunciou por meio de uma carta aberta para a torcida do Vovô com o intuito de acentuar aos torcedores que na votação do novo estatuto do time "o que está em risco é o futuro do Ceará".

Em um longo documento, o mandatário chamou a atenção para pontos do documento que abordam SAF e diretoria remunerada, assuntos também acentuados pelo diretor cultural e ex-diretor jurídico do Alvinegro de Porangabuçu, Anacleto Figueiredo, em entrevista ao programa Esportes do POVO nesta terça-feira, 11. 

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