Ceará pagará valor cobrado na Fifa pelo Yokohama para tentar derrubar transfer ban

Sem chegar em acordo com o Yokohama FC, o Ceará decidiu pagar o valor total referente à primeira parcela da compra de Saulo Mineiro, que é de 200 mil dólares, pouco mais de R$ 1 milhão na cotação desta segunda-feira, 15, e solicitará à Fifa a retirada do transfer ban. A informação é de Horácio Neto, da Rádio O POVO CBN. Entenda a situação:

Em 2023, o Yokohama FC acertou a venda de 80% dos direitos de Saulo Mineiro ao Ceará no valor de 600 mil dólares (R$ 3,1 milhões) dividido em três parcelas de 200 mil dólares. O Alvinegro, entretanto, não pagou a primeira parcela — valor cobrado pelo time japonês na Fifa e que resultou no transfer ban.

Depois do período de negociação e arrecadação de recursos, o Alvinegro irá realizar o pagamento da primeira parcela, agora com juros, sendo 5% por ano de atraso mais pro rata por dia, resultando no montante de 216 mil dólares (R$ 1,12 milhão).

Vale ressaltar que a segunda parcela do acordo inicial venceu no dia 8 de abril e o Ceará também não a pagou. O montante, entretanto, ainda não está em atraso, já que apesar da notificação, o Vovô tem 45 dias — que vai até o dia 22 de maio — para se manifestar ou efetuar a quitação. A terceira parcela está agendada para julho.

O Ceará tentou renegociar o pagamento da compra de Saulo Mineiro junto ao Yokohama FC, propondo o pagamento à vista de uma parte dos 600 mil dólares e o restante do valor parcelado em seis vezes. O molde, entretanto, não agradou ao clube japonês, que não aceitou.

A operação requer agilidade do clube, tendo em vista o pouco tempo antes do fim da janela nacional para contratação, que vai até sexta-feira, 19. Caso não consiga retirar o transfer ban, o Alvinegro de Porangabuçu terá de iniciar a Série B do Brasileiro sem novos reforços no elenco.

Ceará, Yokohoma e Saulo Mineiro: entenda o caso

Na última temporada, o Ceará chegou em um acordo com o Yokohama FC pela compra do atacante Saulo Mineiro. Na negociação, o time japonês acertou a venda de 80% dos direitos econômicos do atleta por US$ 600 mil (cerca de R$ 3 milhões na cotação da época). O Vovô contava com o dinheiro da Liga para efetuar o pagamento.

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Devido ao não recebimento do valor previsto com a Liga, o Alvinegro não conseguiu honrar o compromisso com o Yokohama. O clube japonês, diante do débito, acionou a FIFA, que puniu o Vovô de realizar contratações nas próximas três janelas de transferências, ou seja, até o fim de 2025. A medida é cancelada quando o clube cearense quitar a dívida.