Justiça determina rescisão de Zé Roberto com Ceará; atleta ainda cobra R$ 2,5 milhões

O vínculo do atacante com o Vovô iria até o final de 2024. Com a rescisão, o atacante, atualmente emprestado ao Sport, poderá assinar vínculo definitivo com o time pernambucano ou qualquer outro

13:59 | Mar. 05, 2024

Por: Mateus Moura
Atacante Zé Roberto no jogo Sport x Treze, na Arena de Pernambuco, pela Copa do Nordeste 2024 (foto: Paulo Paiva/Sport Recife)

Emprestado pelo Ceará ao Sport, o atacante Zé Roberto terá seu contrato com o Alvinegro de Porangabuçu rescindido em virtude de débitos trabalhistas. O vínculo entre o atacante e o Vovô era até o final de 2024. Na ação movida, é cobrado valores referentes a salários, férias, 13º, três meses de FGTS e direito de imagens. 

Nesta terça-feira, 5, o atleta teve o pedido de rescisão acatado pela Juíza do Trabalho Substituta, Joana Maria Sá de Alencar. No documento da decisão, cujo o Esportes O POVO teve acesso exclusivo, é determinado que o Ceará, com urgência, promova a baixa no BID para que Zé Roberto possa firmar novo contrato de trabalho em outra agremiação.

No dia 1º de abril haverá a última audiência do processo. Ao Esportes O POVO, a defesa de Zé Roberto — que é a mesma que conduziu o caso Barletta — enfatizou que não tem a intenção de fazer acordo com o Ceará e sim de ir até o ato final da sentença. O valor da ação movido pelo atacante é de R$2.595.644,81.

Após o Ceará publicar a rescisão de Zé Roberto no BID, o contrato de empréstimo do jogador com o Sport será automaticamente cancelado. Assim, ele poderá firmar um acordo definitivo com o clube pernambucano ou acertar com outra equipe caso deseje.

+ Confira mais notícias do Ceará Sporting Club

Entenda o caso

O imbróglio entre Zé Roberto e Ceará teve início na temporada de 2022, ano em que o atacante foi contratado. Naquela temporada, o Vovô deixou de pagar, segundo a defesa do jogador, os salários de outubro e novembro, 13º Salário integral, férias integrais, além do direito de imagem de setembro, outubro, novembro e dezembro, totalizando R$ 576.000,00 brutos. 

O clube, na época, firmou acordo e se comprometeu a pagar R$340.330,70 líquidos e em 10 parcelas de R$34.033,07, mas arcou somente com seis parcelas. Há também atrasos em pagamentos da temporada de 2023. Mesmo com a rescisão determinada pela Justiça, a defesa cobra salários e direito de imagem referentes ao restante do contrato de trabalho que o jogador tinha com o clube — o que dá em torno de R$ 2 milhões.

Colaborou João Vitor.