Em noite inspirada de Richard, Ceará empata com o Náutico sem gols pelo Nordestão
O Vovô, que atuou com um time alternativo nos Aflitos, ampliou a sequência de invencibilidade na temporada e manteve-se dentro do G4 da Copa do NordesteCom time alternativo e em noite inspirada de Richard, o Ceará empatou sem gols com o Náutico na noite desta quarta-feira, 14, nos Aflitos, pela terceira rodada da Copa do Nordeste. Com o ponto conquistado, o Alvinegro de Porangabuçu manteve-se na quarta colocação do Grupo A do torneio e chegou ao sétimo jogo de invencibilidade na temporada.
O Vovô volta a campo no sábado, 17, às 16h40min, na Arena Castelão, para o primeiro Clássico-Rei de 2024 contra o Fortaleza. A ideia de Mancini, de preservar os titulares diante do Náutico, foi pensando exatamente no duelo contra o Leão, que será válido pela quinta rodada do Campeonato Cearense.
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Náutico 0x0 Ceará: o jogo
O primeiro tempo do confronto ficou marcado pelas boas atuações de ambos goleiros, Vagner e Richard, responsáveis por defesas importantes que mantiveram o zero no placar. Com a bola rolando, o excesso de vontade do Timbu e do Vovô acabou deixando o jogo truncado, sobretudo pela quantidade de faltas: foram 13 infrações do clube pernambucano e seis da equipe cearense.
Mesmo com uma equipe reserva e um meio-campo totalmente novo, composto pelos jovens Caio Rafael, Léo Rafael e o estreante Jean Irmer, o Vovô se impôs nos Aflitos e pressionou o Náutico no recorte inicial do duelo. Logo aos três minutos, após sobra de bola, Barceló ficou cara a cara com Vagner, mas não marcou. O arqueiro alvirrubro abafou a finalização do uruguaio e interviu o gol.
A partir dos 25 minutos, período de superioridade do Ceará, a partida passou a ser mais equilibrada. O Náutico se reorganizou ofensivamente e adotou uma nova estratégia, a de explorar bolas longas em profundidade para surpreender a linha defensiva do Vovô. Apesar das tentativas a partir desta ideia, foi por meio das bolas alçadas na área que o Timbu conseguiu se sobressair — não à toa, carimbou a trave duas vezes após cruzamentos.
No retorno do intervalo, a postura do Ceará tornou-se apática, o que consequentemente fez o Náutico crescer na partida. Taticamente, o time de Mancini se desorganizou defensivamente, aceitou a pressão do Timbu e ficou acuado contra sua própria baliza. Nos momentos que tinha a bola, a pouca capacidade de articulação da equipe, assim como o aspecto físico, atrapalharam as tentativas de avanços.
Isso porque nas ações de contra-ataque quando retomava a posse da bola, não havia opções para Saulo Mineiro, responsável pelos arranques. Janderson, pela direita, teve noite individual muito ruim e abusou dos erros em domínio, passes e dribles. Barceló, isolado no ataque, também pouco contribuiu. Diante disto, o Ceará não conseguiu finalizar sequer uma vez no segundo tempo.
No fim, prevaleceu a ótima atuação de Richard, protagonista de um verdadeiro “milagre” em um lance na pequena área aos 30 minutos, onde fez uma linda defesa cara a cara com Rafael Vaz — aquele, ex-Ceará — e evitou o gol que daria a vitória ao Náutico. Empate com saldo positivo para o Vovô pelo contexto geral do jogo: time alternativo e repleto de jovens, fora de casa e próximo de um Clássico-Rei.
Náutico 0x0 Ceará
Náutico
4-3-3: Vagner; Arnaldo, Robson Reis (Guilherme Matos), Rafael Vaz e Luiz Paulo; Marco Antônio, Marcos Júnior e Patrick Allan (Thalissinho); Leandro Barcia (Kauan Santos), Júlio César (Evandro) e Paulo Sérgio. Téc: Allan Aal.
Ceará
4-3-3: Richard; Jonathan, Lucas Ribeiro, David Ricardo e Paulo Victor; Jean Irmer (Boateng), Léo Rafael (Steven) e Caio Rafael (Jotavê); Janderson, Barceló (Pablo) e Saulo Mineiro (João Victor). Téc: Mancini.
Local: Aflitos, em Recife/PE
Árbitro: Paulo José Souza Mourão/MA
Assistentes: Elson Araújo da Silva/MA e Rafael Costa Pinheiro/MA
Cartões amarelos: Richard, Steven, Janderson e Paulo Victor (Ceará) / Marco Antônio e Rafael Vaz (Náutico)