Ex-presidente do Ceará, Robinson de Castro lamenta morte de Dimas: "Deixa muita coisa boa"

Robinson resumiu Dimas Filgueiras como "peça muito importante na engrenagem do clube", enquanto esteve com saúde para colaborar no dia a dia do Ceará

Ex-presidente do Ceará, Robinson de Castro lamentou o falecimento do ex-jogador, treinador e dirigente Dimas Filgueiras, um dos maiores ídolos da história do Alvinegro de Porangabuçu. Em participação ao vivo no Esportes O POVO, da Rádio O POVO CBN, Robinson relembrou feitos do “Soldado Alvinegro”, como era chamado pelos torcedores.

“Primeiramente, lamentar a partida do nosso Dimas Filgueiras, nosso soldado alvinegro. Uma pessoa que conheci muito bem, de perto, não apenas como torcedor, mas convivi com ele no dia a dia, desde 2008, quando cheguei no clube até o último momento que esteve conosco. Só tenho boas lembranças do Dimas, tem uma estrela muito grande, iluminado. Nos momentos de dificuldades, sempre era chamado para assumir a liderança de algum processo ou projeto. Quantas vezes, em meio de campeonato que o Ceará estava em dificuldade, o Dimas assumia e dava a volta por cima. Também foi marcante em 2010, na Série A do Campeonato Brasileiro, quando assumiu contra o Santos, vencemos o jogo com Neymar e companhia. Não consigo ter recordações negativas do Dimas. Muitas vezes foi incompreendido, injustiçado, mas tenho certeza que é uma pessoa que se confunde com o Ceará Sporting Club”, iniciou.

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Robinson de Castro ainda citou a homenagem do Ceará para Dimas Filgueiras em maio de 2019, na reinauguração dos vestiários em Carlos de Alencar Pinto (CAP), em Porangabuçu. O pedido partiu do ex-dirigente para valorizar a história do ex-atleta. À época, Dimas e familiares participaram da solenidade de inauguração.

“Reinauguramos nosso vestiário e resolvemos batizar com o nome do Dimas. Quisemos colocar para o Dimas essa homenagem, em um ambiente que os atletas estão sempre convivendo, andando ou saindo do vestiário do clube, entendendo aquela figura simbólica do Dimas Filgueiras, o que ele representou para nós, para o Ceará, para a nação alvinegra. E naquela oportunidade, esteve presente toda a família, a Vânia, sua esposa, as filhas, o filho e genro… ficamos entristecidos com a partida do Dimas, mas, ao mesmo tempo, feliz pelo legado que ele deixou no clube de exemplo, dedicação, comprometimento e identificação. O Dimas, para mim, é iluminado, abençoado. Tenho certeza que ele deixa muita coisa boa aqui, muitos ensinamentos e temos somente que homenageá-los. Toda homenagem para o Dimas é pouca”, explicou.

Por fim, Robinson resumiu Dimas Filgueiras como “peça muito importante na engrenagem do clube”, enquanto esteve com saúde para colaborar no dia a dia do Ceará. O ex-dirigente ainda citou alguns momentos marcantes ao lado do “Soldado Alvinegro”, como quando pronunciou a frase: “o mal do urubu é pensar que o boi está morto”, além de frisar que o ex-atleta e treinador nunca negou o clube, independente da situação.

“Ele fez muita falta, né? Enquanto teve saúde, o Dimas era uma peça muito importante na engrenagem, no processo do clube, no dia a dia. Era uma figura curiosa, contava muitas histórias que aconteceram no passado. Tinha algumas frases de efeito, gostava muito de dizer, quando estava inferior ao nosso adversário, e dizia: “o mal do urubu é pensar que o boi está morto”. Essa frase me marcou muito. Ele sempre esteve ali, tentando ajudar o clube, às vezes era incompreendido. Da minha parte, sempre tive como uma pessoa que estava para se doar pelo clube, pelas atitudes. Nunca vi o Dimas dar um não para o Ceará. Sempre esteve disponível”, finalizou.

Assista o Esportes O POVO desta sexta-feira, 22, em homenagem a Dimas Filgueiras

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