"Deixa o legado de uma pessoa que deu a vida ao Ceará", diz presidente do Conselho sobre Dimas
José Barreto Filho relembrou no programa Esportes do Povo, da rádio O POVO CBN, histórias do Soldado Alvinegro, que faleceu nesta sexta-feira, 22A função de um soldado é defender um país e, por este motivo, não cabia outa alcunha à Dimas Filgueiras senão Soldado Alvinegro. O ex-jogador, treinador e um dos maiores ídolos do Ceará faleceu nesta sexta-feira, 22, e em entrevista ao Esportes do Povo, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, José Barreto Filho, relembrou histórias que fizeram do carioca um dos maiores defensores do Vovô.
"As histórias do Dimas impregnavam o torcedor de otimismo a ponto de que todos tinham nele a certeza que, se Dimas estava na beira do campo, era certeza de uma vitória ou algo positivo que ia ocorrer. Ele deixa o legado de uma pessoa que deu a vida ao Ceará e temos que render a ele todas as homenagens possíveis", exaltou Barreto Filho.
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Na entrevista, Barreto exaltou que a história do ex-jogador era condensada a história do Ceará e revelou um vazio pela partida do Soldado Alvinegro.
"A gente sente um vazio com a partida do Dimas por tudo que ele representou na vida do nosso clube desde que ele chegou. (...) Todas as funções que se pode imaginar dentro de um clube de futebol ele exerceu e exerceu com paixão, amor ao clube. Costumo dizer que a vida do Dimas se confunde com a do próprio Ceará moderno, dos últimos anos. Em todos os momentos, em dificuldades, o Dimas era aquele do ônus e do bônus. Dimas respirava Ceará. Eu tive o prazer e a honra de conviver com ele e sabia da vontade de ver o Ceará sempre grande, nunca ver o clube abandonado. Não foi só um soldado, foi todas as patentes no Ceará", relatou ainda.
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Histórias com o Soldado Alvinegro
Um dos pontos em que Barreto exaltou Dimas foi em reação à disponibilidade ao clube. O presidente do Conselho deliberativo do Vovô relembrou um momento em que o Soldado Alvinegro prometeu manter o time na segunda divisão e cumpriu, frisando a lealdade para com o clube.
"Ele era sempre disponível. Não tinha hora, problema ou dificuldade para servir ao Ceará. (...) Ele era o tipo de pessoa com astral elevado, não se dava por vencido. Vou relembrar um fato e da memória do meu pai. Não sei se em 2005 ou 2006, o Ceará foi jogar em São Paulo contra a Portuguesa e não podia nem empatar, tinha que ganhar para ficar na Série B. Me recordo que meu pai, em minha presença, ligou para o Dimas e disse que ele levaria o time para São Paulo, que iria treinar o time, e ele disse que seria o que o Ceará precisasse, que a missão seria cumprida. O Ceará ganhou e na volta ele disse que a missão foi cumprida", recordou, que também rememorou outro episódio com Dimas.
"Me recordo de um momento em que ninguém queria ser presidente do Ceará e ele, reunido com aqueles antigos cardeais, que faziam o Ceará de antigamente, dizia que se ninguém quisesse ele ia. O Dimas se dispunha até a ser presidente do clube se preciso fosse. A dimensão do que ele representou é isso", finalizou.