"Me precipitei", diz presidente do Ceará sobre demissão de Morínigo no início da Série B

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 18, o presidente do Ceará, João Paulo Silva, admitiu que "se precipitou" na demissão do treinador Gustavo Morínigo no início da Série B do Brasileirão. De acordo com o mandatário, o paraguaio merecia um tempo a mais no comando técnico do Vovô.

"Eu me arrependi de não ter dado um tempo a mais para o Gustavo (Morínigo). Acho que me precipitei um pouco em tirá-lo naquele momento e não ter dado a oportunidade dele ter ido para a final, o mérito foi dele e dos atletas. Infelizmente, no futebol, a linha de frente tem que tomar uma decisão. O motivo (da demissão) não foi pelos resultados, e sim uma mudança de trabalho. Eu assumo que me precipitei", disse.

Na época, os diretores alvinegros optaram pelo desligamento do técnico devido ao estilo de jogo e ao início ruim na Segundona, conforme apurou o Esportes O POVO. O nome escolhido para substituir Gustavo Morínigo foi o de Eduardo Barroca, que deixou o clube dois meses depois.

Reformulação no elenco para 2024

Durante a entrevista, João Paulo Silva ainda deixou claro a insatisfação com a campanha do Ceará na Série B 2023, citando que pelo que foi concedido ao time na totalidade, ter ficado a quatro pontos do G4, no melhor momento do clube na competição, “foi muito pouco”.

“A gente precisa mudar praticamente tudo no departamento de futebol que fez com que não desse certo (o acesso). Entendo a insatisfação do torcedor, porque o Ceará entrou na competição não apenas para subir, mas com perspectiva de título. Infelizmente, em momento algum, na minha opinião, entramos na competição. Tivemos momentos que ficamos mais próximo do G4 de quatro pontos, então, para a condição dada, pelo elenco no papel, peso na camisa, torcida, isso é muito pouco”, comentou.