Torcedores do Ceará apoiam jogadores antes de embarque e pedem resposta dentro de campo

Jogadores como Bruno Ferreira, Saulo Mineiro e Jean Carlos pararam para escutar os pedidos dos torcedores, que se manifestaram de forma pacífica e em tom de apoio. O Vovô enfrenta o Tombense fora de casa no sábado, 26

Torcedores do Ceará compareceram em bom número no Aeroporto Pinto Martins nesta quinta-feira, 24, para transmitir apoio ao elenco do clube durante o embarque que tem como destino a cidade de Muriaé, em Minas Gerais, onde a equipe enfrenta o Tombense no sábado, 26, às 17 horas, pela 25ª rodada da Série B.

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O “aerovozão” foi organizado com o intuito passar confiança e motivar os jogadores do Alvinegro de Porangabuçu na luta pelo acesso à primeira divisão nacional. Apesar do cenário difícil, já que o Vovô ocupa a 10ª colocação do certame e está a nove pontos de diferença do G4, o clima no aeroporto era de esperança.

Em entrevista ao Esportes O POVO, Chagas Roque, 41, membro da Torcida Organizada do Ceará, explicou que a manifestação de apoio é exclusiva ao elenco. O alvinegro enfatizou, ainda, sua insatisfação com a diretoria do clube, pelo qual classificou como “amadora”.

“Primeiro quero deixar bem claro que essa vinda ao aeroporto não é apoio para a diretoria, pelo contrário. Estamos contra totalmente ao amadorismo da diretoria do Ceará. Mas a gente entende, como torcedor, que os jogadores precisam ser motivados. E se ainda temos chance, entendemos que vir aqui para dar força para eles é importante. É muito importante vencer lá (contra o Tombense) e lotar os dois jogos aqui para continuarmos na briga pelo acesso. Vamos fazer de tudo para esse time subir, mas é apoiar o time, o nosso clube”, disse.

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O pequeno Lairon Ian saiu mais cedo da escola para acompanhar o embarque do Vovô no aeroporto. Ao lado de sua mãe, Paula Gonçalves, e de seu irmão mais velho, Cairon Iury, o jovem alvinegro foi enfático nas palavras: “vamos subir, Vovô!”.

O zagueiro Pagnussat e os atacantes Janderson e Chrystian Barletta — autor do gol do Ceará no empate em 1 a 1 com a Ponte Preta, na última rodada — foram os primeiros jogadores a atravessar o corredor feito pelos alvinegros no local. Enquanto os atletas caminhavam, os torcedores pediam "raça".

Logo em seguida um novo grupo de jogadores surgiu, desta vez composto por Saulo Mineiro, Jean Carlos e Bruno Ferreira. Os três pararam para escutar algumas palavras dos torcedores, dentre elas a de Chagas Roque, que pediu uma resposta do time dentro de campo.

"Vocês têm obrigação de ir lá e responder pra gente em campo passando por cima daquele time. É ganhar. Nos dois jogos aqui, é a gente e vocês. Isso é compromisso. Clube e torcida. Precisamos que vocês respondam em campo", disse o torcedor.

Luiz Otávio, capitão e ídolo do Ceará, também parou para escutar os torcedores. "Mostra que você não é capitão só pela faixa, não. A gente sabe que você tem amor pelo clube, mas tem que cobrar esses caras. O que está acontecendo dentro de campo é vergonhoso. Vocês não precisam falar nada, mas junta o pessoal e responde dentro de campo. Tem que ganhar lá", pediu Chagas Roque.

 

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