Saulo Mineiro relembra acolhimento do Ceará em fase difícil e diz: "Me sinto em casa"
Em sua primeira passagem pelo Vovô, o atacante precisou superar um problema cardíaco e recebeu todo suporte do clube no processo
Motivado e com “fome de gol”, Saulo Mineiro retornou ao Ceará determinado a tornar a nova passagem pelo clube ainda mais inesquecível que a primeira. Grato ao Vovô por tê-lo acolhido em um dos momentos mais difíceis de sua vida, quando precisou fazer uma cirurgia no coração, o atacante falou sobre a ansiedade de encontrar a torcida alvinegra pela primeira vez, a experiência de atuar no Japão e o papo que teve com Guto Ferreira.
Apresentado oficialmente nesta sexta, 4, Saulo relembrou que, apesar do carinho da torcida, não teve contato com os alvinegros na arquibancada durante os 10 meses que esteve no Vovô entre 2020 e 2021. Naqueles anos, os jogos aconteciam sem a presença de público em decorrência da pandemia da Covid-19.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
“Vai ser a minha primeira vez tendo esse contato com a torcida. Na primeira passagem aqui eu não tive tanto contato, era muito mais pelas redes sociais, que não é a mesma coisa. Estou muito feliz de retornar, vamos dizer assim, para casa. Aqui eu me sinto em casa. Pelo pouco tempo que vesti a camisa do Ceará, eu me identifiquei bastante. Estou muito motivado e ansioso para esse primeiro contato com a torcida. Vou fazer de tudo para que seja inesquecível”, contou.
Apesar da primeira passagem por Porangabuçu não ter sido tão longeva, o atacante viveu momentos intensos no clube. Entre eles, um problema cardíaco que precisou de intervenção cirúrgica, situação pela qual o Ceará proporcionou todo suporte possível. Isso, claro, marcou o jogador, além de outros fatos, como o seu casamento, a boa relação com a torcida e o apreço pela comida cearense.
+ Albeci cita "solidariedade" a Guto Ferreira após protesto da torcida no aeroporto
“Depois que eu cheguei, falei para várias pessoas que aqui foi um lugar marcante na minha vida. Foram 10 meses, mas pareceu cinco anos aqui. Aqui foi onde eu fiz a cirurgia, um dos momentos mais importantes para a minha vida, porque se não desse certo eu não seria o Saulo de hoje, atleta. Poderia ser o Saulo de outra profissão. O Ceará me deu essa oportunidade de ser um atleta. Foi onde eu casei também. Tem o carinho da torcida, muito adaptado com a cidade e a comida. Foi uma decisão fácil para mim”, relembrou.
Em Fortaleza desde o início da semana, Saulo foi regularizado no BID e pode estrear diante do ABC no domingo, 6, em importante duelo pela Série B. Embora não tenha participado de tantas atividades com o elenco, o atacante disse estar apto fisicamente e destacou que pode atuar em diferentes posições ofensivas.
“O Guto me conhece bastante. Desde a minha primeira chegada, ele me fez essa pergunta (de onde prefere jogar), já que eu jogo tanto pelas beiradas dos dois lados e como centroavante. A minha resposta foi ‘professor, o que o senhor achar que é bom pro clube, para mim e para todos, no que eu puder ajudar, eu concordo com você’. No Japão eu estava jogando centralizado, até pelo estilo de jogo lá, que não utiliza tantos pontas. Ainda não sei como ele (Guto) vai querer me usar”, explicou.
Sushi ou pratinho?
Fã declarado do pratinho cearense, Saulo não titubeou quando questionado sobre a seguinte questão: sushi ou pratinho? Em tom de brincadeira, o atacante confirmou a preferência pela comida local e comentou sobre as diferenças entre o futebol japonês e brasileiro.
"Pratinho, né (risos). Não tem como. Eu falei para meu empresário que assim que chegasse na capital a minha primeira refeição tinha que ser um pratinho. Todo mundo me faz essa pergunta sobre o futebol japonês. Acredito que o campeonato lá é mais corrido, dinâmico. No Brasil você ainda consegue jogar, mas no Japão, quando pega na bola, já tem três marcando. Precisa pensar muito rápido, tem muita correria, coisa que gosto. A gente leva pra carreira e isso vira amadurecimento", disse.