Por fim de gritos homofóbicos, Ceará promove reunião com líderes de organizadas

Intuito do clube foi conscientizar os torcedores para que esse tipo de cântico não volte a acontecer nas arquibancadas dos estádios

Na noite desta quinta-feira, 27, o Ceará promoveu, no CT de Porangabuçu, uma reunião para conscientizar os torcedores sobre a homofobia nos estádios e evitar possíveis punições. Estiveram presentes os líderes das torcidas organizadas, representantes do Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) e membros da diretoria alvinegra.

O encontro ocorre pouco mais de uma semana depois da partida do Ceará contra o Vila Nova no Castelão, quando torcedores promoveram cânticos homofóbicos nas arquibancadas. Através de aviso no telão da arena, a administração do estádio alertou que gritos homofóbicos são proibidos. A resposta vinda das arquibancadas foi de vaia e continuidade de canções discriminatórias.

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A reunião no Porangabuçu foi dividida em dois blocos. O evento contou com a presença do presidente do clube, João Paulo Silva, o diretor jurídico, Fred Bandeira, o coordenador das torcidas organizadas, Alfredo Viana, e Régis Alves, representante da Associação Nacional de Torcidas Organizadas (Anatorg).

“É mais um trabalho que o Ceará tem feito com esse congresso e faremos quantos forem precisos para conscientizar a nossa torcida e a sociedade em si como um todo sobre essas questões que têm de ser dado um basta. A minha preocupação não é só com o clube, mas sim, algo social. Eu acho que tem que ter um pouco mais de participação da torcida, não somente punição. Acima de tudo, é a questão preventiva ", comentou Fred Bandeira.

Na última terça-feira, 25, alguns integrantes das organizadas estiveram em reunião com o MPCE para também tratar desta pauta. Fred não esteve presente, mas também ressaltou sobre a importância do momento. “Uma parte da nossa coordenação se preocupou em trazer parte dos integrantes das organizadas para sensibilizar. Sabemos que por vezes é uma parte da torcida que, por vezes, no calor do jogo, acaba se exaltando, mas isso tem que acabar.”

No segundo momento da ação, participaram Edvando França, Coordenador do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nuditor), Coronel Landim, representante da Polícia Militar, Huggo Leonardo, Delegado da DRACO (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) e o vice-presidente da Federação Cearense de Futebol e vereador da Capital, Eudes Bringel.

Além da pauta sobre homofobia nos estádios, foram discutidos temas como racismo e violência nas praças esportivas.

Com informações de Mateus Moura e Horácio Neto

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