Robinson de Castro diz que torcida do Ceará protegeu elenco de 2022 e que atletas "ficavam à vontade"
Em entrevista exclusiva ao programa Frias do Sérgio, da Rádio O POVO CBN, o ex-mandatário afirmou que a torcida, de certa forma, protegia o plantel e que isso fez com que os jogadores ficassem "à vontade"
Ex-presidente do Ceará, Robinson de Castro abriu o jogo sobre a situação interna do elenco da última temporada, marcado por eliminações vexatórias e rebaixamento à Série B. Em entrevista exclusiva ao programa Frias do Sérgio, da Rádio O POVO CBN, o ex-mandatário afirmou que a torcida, de certa forma, protegia o plantel e que isso fez com que os jogadores ficassem “à vontade”.
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“Existia, de certa forma, uma proteção da torcida com o elenco e tudo que acontecia era culpa da diretoria, e com isso os jogadores ficavam à vontade. A cobrança vinha pra cima da gente. Não se cobrava os atletas, e sim os gestores. Então ficamos um pouco sem essa ajuda, sem esse apoio, e acabamos sofrendo essas coisas, que prejudicaram o clube. Na minha visão, a gente poderia ter tido um ano ruim, mas permanecido na Série A se tivéssemos, nas últimas rodadas, um pouco mais de paz, tranquilidade e apoio”, contou.
Ainda sobre o tema, Robinson de Castro refutou que não havia cobrança interna. Segundo ele, foram pelo menos 15 reuniões em tom sério com os atletas do Vovô durante o ano de 2022, ao ponto de não ter mais condições de reverter o cenário apático interno.
“O ano realmente foi muito ruim. Eu acho que a gente tinha um elenco excelente, mas não houve, da parte do elenco como um todo, a fome, o desejo e o cuidado com o clube. Foi o ano que eu fiz mais cobranças, eu mesmo me reuni com esse elenco, de forma dura, pelo menos 15 vezes. Quando chega ao ponto do presidente fazer 15 reuniões com o elenco, é porque nem executivo, dirigente e treinador vai conseguir exigir esse compromisso do elenco”, disse.
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