Ceará receberá R$ 118 milhões em acordo da Liga Forte Futebol; saiba detalhes
Conselho Deliberativo do Alvinegro aprovou entrada do clube no grupo, que atualmente conta com 26 equipes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro e tem acordo bilionário firmado
11:19 | Mar. 22, 2023
Na noite da última terça-feira, 21, o Conselho Deliberativo do Ceará aprovou a entrada do clube na Liga Forte Futebol, que pretende gerenciar a parte comercial das Séries A e B do Campeonato Brasileiro a partir de 2025. A LFF já tem acordo bilionário firmado com duas empresas, e o clube de Porangabuçu receberá R$ 118 milhões pela adesão ao grupo. A informação foi divulgada inicialmente pelo Canal do Vozão e confirmada pelo Esportes O POVO.
Caso a Liga de fato avance, o Alvinegro receberá metade deste montante ainda em 2023 e o restante será pago a partir de 2024. De acordo com o setorista da Rádio O POVO CBN, Horácio Neto, no programa Esportes do Povo, o clube receberá um acréscimo em caso de acesso. As cifras são consideradas essenciais para aliviar a parte financeira do clube após o rebaixamento para a Série B, quitando parte das dívidas e reforçando o elenco para a disputa da Segunda Divisão nacional.
O contrato com a Liga Forte Futebol terá duração por 50 anos. Os critérios estabelecidos para o rateio das receitas corresponde à quantidade de participações nas principais divisões nacionais de 2003 a 2022, quando o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos.
Vale lembrar que a Série B vendeu recentemente os direitos de transmissão até 2026, com valores anuais em torno de R$ 210 milhões — o Vovô receberá R$ 10 milhões nesta temporada.
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O que é a Liga Forte Futebol?
Os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro formaram dois blocos para criações de ligas no futebol brasileiro, que passariam a ser responsáveis pelas duas principais divisões da competição. Além da Forte Futebol, que têm Ceará e Fortaleza, também existe a Libra.
No mês passado, a LFF assinou acordo de investimentos com a empresa brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management. O montante negociado com os investidores foi de R$ 4,85 bilhões para uma liga de 40 clubes. Caso a adesão seja apenas pelas agremiações que já fazem parte da LFF, ou seja, 26 times, o valor cai para R$ 2,3 bilhões.
A Forte Futebol adotou o seguinte modelo, que foi aprovado pelos clubes e investidores: 45% igualitário, 30% de performance esportiva e 25% pelo apelo comercial.
Disposta a contar com até 40 agremiações, a LFF é composta por ABC, Atlhético-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Vila Nova e Tombense.
Atualizada às 14 horas