Ceará reage no fim, vira contra o Maracanã e vence a terceira no Campeonato Cearense
Com o triunfo, o Alvinegro de Porangabuçu se isolou na liderança do Grupo A do estadual e tem a possibilidade de conquistar classificação antecipada
18:07 | Jan. 28, 2023
Com uma reação relâmpago na reta final da partida, o Ceará venceu o Maracanã de virada, por 2 a 1, e conquistou a terceira vitória consecutiva no Campeonato Cearense. Com o resultado positivo, o Vovô se isola na liderança do Grupo A e pode garantir classificação antecipada caso Caucaia e Barbalha não vençam seus jogos ao término da rodada.
Zé Augusto abriu o placar da partida para o Maracanã, enquanto Janderson e Jean Carlos marcaram os gols que garantiram o triunfo do Ceará. A equipe comandada por Gustavo Morínigo volta a campo na terça-feira, 31, para o Clássico da Paz contra o Ferroviário, em duelo válido pelo Campeonato Cearense.
O jogo
Tecnicamente, o primeiro tempo não foi bom. Com diversos erros de passes, ambos times não conseguiram criar praticamente nada de produtivo no campo de ataque. O Alvinegro de Porangabuçu, em pouco mais de 45 minutos, não acertou nenhum chute certo sequer no gol guardado por Rayr. O Maracanã, por outro lado, até assustou em uma cobrança de falta que Richard defendeu, mas limitou-se a esse lance.
A organização tática montada por Morínigo não funcionou. Com apenas Janderson para dar profundidade no último terço, já que o treinador paraguaio optou por escalar Luvannor e Vina ao lado do camisa 77, o Vovô tornou-se uma equipe lenta, pragmática e pouco objetiva. No meio-campo, a dupla de volantes formada por Caíque e Richardson pouco contribuiu para a partida de Guilherme Castilho — diferente do que fez Arthur Rezende na goleada sobre o Pacajus na última rodada.
Vina, no esquema planejado pelo treinador paraguaio, foi um jogador nulo na etapa inicial. É difícil, inclusive, distinguir qual função o meia, responsável por ser a referência técnica do clube em anos anteriores, desempenha. O jogador, que não participa das construções das jogadas, assim como não faz o papel de centralizar dentro da área, ocupa uma “zona morta” do ataque, na intermediária, onde há forte concentração de jogadores adversários.
Sem a criatividade necessária para furar as compactas linhas defensivas do Maracanã, o Vovô não incomodou, em nenhum momento, o time de Júnior Cearense. Além do aspecto tático, já que coletivamente nada funcionou, a postura apática da equipe também foi um potencializador negativo que, de forma direta, impactou para o desempenho ruim.
Ciente dos problemas em campo, Morínigo tentou reorganizar a equipe na volta para o segundo tempo por meio de duas substituições: Arthur Rezende no lugar de Caíque, com Richardson passando a desempenhar a função de primeiro volante, e Castilho trocado por Erick, com Vina recuando e atuando como meia de criação. As mudanças, entretanto, em nada surtiram efeito.
Sem intensidade alguma nas ações com a bola e nenhuma demonstração pelo interesse em vencer, o Ceará foi punido, merecidamente, aos 11 minutos. O Maracanã, mais organizado dentro da sua proposta de jogo, além de ter protagonizado as melhores chances para abrir o placar em lances anteriores, balançou as redes com Zé Augusto após cobrança de escanteio. Logo após o gol, Morínigo colocou Jean Carlos no lugar de Vina, que deixou o campo sob vaias da torcida alvinegra. Luvannor também saiu para a entrada de Vitor Gabriel.
Quando o cenário da partida parecia encaminhar para uma derrota do Ceará, uma reação relâmpago mudou todo o contexto do jogo. Em dois minutos, o Vovô fez dois gols, o primeiro com Janderson — o melhor do Alvinegro na partida —, enquanto o segundo foi marcado por Jean Carlos, em um golaço de cobertura.
Desta vez com a vantagem ao seu favor, o Vovô administrou o placar e segurou a importante vitória.