Árbitro justifica encerramento de Ceará x Cuiabá: "Falta de segurança"

O árbitro Caio Max explicou a decisão de encerrar a partida com antecedência. No túnel que dá acesso ao vestiário, o juiz afirmou que não havia segurança para dar continuidade ao jogo

18:52 | Out. 16, 2022

Por: O Povo
Torcida do Ceará entra no gramado do Castelão durante confusão no jogo contra o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro (foto: Aurélio Alves)

O empate em 1 a 1 entre Ceará e Cuiabá, na tarde deste domingo, 16, pelo Brasileirão, ficou marcado por cenas de desespero nas arquibancadas da Arena Castelão. Próximo ao término da partida, alguns torcedores do time cearense iniciaram uma briga generalizada no setor superior norte, onde fica localizada uma das organizadas do clube, e invadiram o gramado. Por isso, o jogo precisou ser finalizado.

No túnel que dá acesso aos vestiários do Gigante da Boa Vista, o árbitro Caio Max, responsável por comandar Ceará x Cuiabá, explicou a decisão de encerrar o jogo antes de todos os minutos dos acréscimos serem cumpridos:

"A partida está encerrada devido a falta de segurança gerada por um conflito que ocorreu na arquibancada da equipe mandante. As pessoas se refugiaram dentro do campo", disse o árbitro.

Sobre a briga generalizada

Cenas lamentáveis protagonizadas por parte da torcida do Ceará tomaram conta da Arena Castelão neste domingo, 16, durante a partida contra o Cuiabá. Após o gol de Deyverson aos 37 minutos do segundo tempo, uma briga generalizada começou na superior norte, local onde a organizada do clube fica concentrada, e se estendeu para dentro do campo.

Enquanto a confusão acontecia na arquibancada, onde pessoas trocavam socos e jogavam cadeiras uns aos outros, o Ceará empatou a partida com Jô, já nos acréscimos. O gol, entretanto, foi ofuscado pelos acontecimentos posteriores.

Em busca de refúgio e proteção, torcedores que não participavam da confusão começaram a entrar em campo, incluindo mulheres, crianças e bebês de colo. A situação fugiu de controle quando os vândalos envolvidos na briga também invadiram o gramado e começaram a perseguir os jogadores do Ceará, que fugiram para o vestiário diante do iminente perigo de agressão física.

Vina foi o primeiro jogador a ser atacado. Ao perceber a gravidade da situação, o meio-campista correu, junto a outros jogadores, em direção ao vestiário. Luiz Otávio, ídolo e capitão do clube, foi cercado e precisou de ajuda dos seguranças e funcionários do clube. Enquanto tentava se proteger, objetos foram arremessados em direção ao zagueiro, como uma lata de lixo. Ainda em campo, o defensor foi às lágrimas diante do cenário barbárie.

Sem condições para o prosseguimento da partida, o árbitro Caio Max convocou os técnicos e capitães de ambos os times para informar a sua decisão de encerrar o jogo, que terminou empatado em 1 a 1.