Tiago Nunes diz que o Ceará é uma "equipe que o torcedor gosta de ver", mas reconhece deficiência nas finalizações

O Alvinegro de Porangabuçu voltou a ser eliminado de forma precoce nesta quinta-feira, 24, desta vez para o CRB, nas quartas de final da Copa do Nordeste, novamente nas disputas de pênaltis

23:00 | Mar. 24, 2022

Por: Mateus Moura
Técnico Tiago Nunes em coletiva após o jogo entre Ceará x Tuna Luso-PA pela Copa do Brasil (foto: reprodução/Vozão TV)

Após a eliminação do Ceará para o CRB na noite desta quinta-feira, 24, na Arena Castelão, pelas quartas de final da Copa do Nordeste, o treinador Tiago Nunes concedeu entrevista coletiva e reconheceu a deficiência da equipe no aproveitamento nas finalizações, mas ponderou que o Vovô é uma equipe que o "torcedor gosta de ver, ofensiva".

"Nossa equipe é a que o torcedor gosta de ver, ofensiva, cria muitas situações de gol, ataca muito o adversário. Para se ter uma ideia, hoje a gente finalizou 26 vezes, tivemos nove chances de gol. Nossa equipe tem dificuldades hoje em fazer gol, é uma equipe que está cada vez mais se qualificando para buscar esse equilíbrio entre o jogo ofensivo, de proposição. E mesmo assim, é uma equipe defensivamente sólida, em nove partidas na Copa do Nordeste, sofremos dois gols. Saímos da competição hoje com aproveitamento muito bom, em uma disputa de pênaltis novamente", ressaltou.

Apesar da eliminação precoce — a segunda do Ceará neste início de temporada —, o comandante alvinegro enalteceu a evolução do Vovô na parte criativa, mas voltou a ponderar sobre a necessidade de evolução no momento de balançar as redes.

“Nas últimas temporadas, (o Ceará) criava pouco, fazia gols, e acabava vencendo por placares mínimos e muitas vezes conseguiu grandes campanhas. E desde que eu cheguei aqui, a equipe tem produzido muito ofensivamente, criado bastante chances de gol, esse ano ainda mais, mas o futebol cobra um preço muito caro. Você tem que estar bem, principalmente em competições mata-mata, você tem que estar bem naquele dia, naquele momento, não dá para deixar para depois, se não você paga um preço caro, como a desclassificação, com uma campanha invicta e com muitas chances criadas”, disse.

“É uma questão de aprendizado, para melhorar o aproveitamento, entrar mais focado para fazer o gol. Nas competições do primeiro semestre, Copa do Nordeste e Cearense, criamos muitas situações, como deveria ser, mas no Brasileiro elas diminuem, porque o nível do adversário melhora. Agora é uma questão de evolução individual dos atletas, para que a gente possa, na hora de criar, melhorar esse aproveitamento. Muita repetição, para que a gente possa ter resultados melhores em um futuro próximo”, completou.