Análise: veja quais funções Rodrigo Lindoso pode desempenhar no meio de campo do Ceará
Novo reforço do Vovô na temporada 2022, Rodrigo Lindoso pode desempenhar mais de uma função no meio-campo da equipe alvinegraDécimo reforço do Ceará para 2022, Rodrigo Lindoso chega a Porangabuçu por empréstimo junto ao Internacional até o fim do ano. O Esportes O POVO analisou as partidas do atleta no clube gaúcho na última temporada e traçou quais funções ele desempenhava no ex-time e como poderá contribuir para a equipe de Tiago Nunes.
Volante de natureza, Rodrigo Lindoso alternava funções no meio de campo defensivo junto com Rodrigo Dourado, ex-companheiro no Internacional, e não se limitava somente a defender, realizando investidas na defesa adversária e servindo como opção de passe no jogo apoiado. Por essas características, Tiago Nunes deve aproveitar o atleta ao lado de Fernando Sobral ou Marlon, que também são jogadores de meio que avançam ao ataque.
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Funções na fase defensiva
Na defesa, Lindoso se encarregava de proteger a primeira linha defensiva da equipe e cobria as laterais enquanto os donos da posição realizavam a investida ao ataque. No Brasileirão 2021, o volante foi o segundo jogador do Internacional que mais realizou interceptações.
Porém, Rodrigo Lindoso não obteve números defensivos de destaque em comparação com os demais meias do Inter. O volante foi apenas o terceiro jogador de meio de campo com maior número de desarmes certos no último Brasileirão, com 26 ao todo, uma média de uma por partida. Para comparar, Patrick e Rodrigo Dourado tiveram 69 e 65, respectivamente, segundo os dados do Footstats.
Esse baixo índice de desarmes está relacionado ao posicionamento do jogador, que por vezes ficava mal posicionado em campo e distante do adversário, permitindo ao atleta rival encontrar espaços entrelinhas, enquanto o novo volante do Vovô saía em perseguição, sem êxito.
Este problema pode ser corrigido por Tiago Nunes durante os treinamentos, com o intuito de proporcionar ao atleta o preenchimento de espaços preciosos, onde a marcação será facilitada e o jogador não tenha que correr muito para dar o bote no oponente.
Funções na fase ofensiva
Na fase ofensiva, Lindoso era responsável pela transição entre defesa e ataque, além de também servir como opção de passe aos companheiros de frente. No Internacional, o atleta foi o segundo jogador do meio de campo para frente com maior média de passe, o que evidencia a sua importância para dar início às jogadas de ataque.
Apesar de servir no jogo apoiado, Lindoso não finalizava com frequência a gol e nem realizava o último passe. Porém, o jogador foi o meio-campista do Colorado com maior número de lançamentos e também quem mais realizou viradas de jogo certas entre todos os atletas.
Mesmo não infiltrando com tanta frequência, o volante pisa na área como elemento surpresa, principalmente durante a transição ofensiva. No jogo de movimentação e de velocidade do técnico Tiago Nunes, o atleta poderá cumprir o papel de homem surpresa.
A precisão com a bola no pé também pode ser fundamental para o jogador acionar os companheiros do Ceará em velocidade, como Mendoza, e buscar espaços, tanto na fase ofensiva quanto na transição, quando a equipe recupera a bola e tenta aliviar a pressão mantendo a posse.
Durante as bolas paradas ofensivas, Lindoso é presença certa no ataque. Os dois gols do atleta no último Brasileirão foram na bola aérea. Ele pode se tornar um dos principais alvos a serem explorados em cobranças de falta ou escanteios.
Como a chegada de Lindoso pode promover variações no sistema tático do Ceará
Contratado para disputar posição com Richard, que se recupera de uma fratura na mandíbula, Rodrigo Lindoso é versátil e não se limita a marcar, logo, nada impede dos dois jogadores atuarem juntos em determinadas circunstâncias, dependendo somente da função na qual Tiago Nunes dará para o atleta exercer em campo.
Tiago Nunes utiliza o 4-2-3-1 como formação principal no Ceará. Entretanto, com a chegada de Lindoso, o treinador ganha mais um atleta versátil para compor o meio, que permite a variação do sistema da equipe no decorrer do jogo.
Em determinados confrontos quando o adversário é mais qualificado no meio de campo, o técnico do Vovô pode iniciar com o 4-3-2-1, com Richard, Lindoso e Sobral de volantes. Na fase ofensiva, o esquema se transformaria no 3-4-3, com Richard na saída de bola entre os dois zagueiros, Lindoso e Sobral no meio, onde poderiam cobrir as investidas dos laterais, que avançariam nos extremos atuando como alas. Vina, com mais liberdade, atuaria próximo do ataque junto a Mendoza e Dentinho (ou Zé Roberto e Cléber).