Exclusiva com Tiago Nunes: metas no Ceará em 2022, reforços e títulos de expressão

Quando questionado se ainda aguarda reforços como mais um centroavante, o comandante alvinegro explicou que quer novas peças para qualificar o elenco, mas respeita as limitações do clube e reforçou a qualidade do grupo que tem em mãos

15:55 | Fev. 10, 2022

Por: Lucas Mota
Tiago Nunes, técnico do Ceará (foto: AURÉLIO ALVES/O POVO)

O técnico Tiago Nunes conversou nesta quinta-feira, 10, com exclusividade com o Esportes O POVO. O treinador falou sobre o ciclo de contratações, o elenco atual da equipe, as metas do clube em 2022 e as possibilidades de títulos expressivos na temporada.

Quando questionado se ainda aguarda reforços como mais um centroavante, o comandante alvinegro explicou que quer novas peças para qualificar o elenco, mas respeita as limitações do clube e reforçou a qualidade do grupo que tem em mãos.

"Perguntar ao treinador se precisa de mais jogadores é como perguntar para criança se quer doce. Você sempre vai querer mais jogadores. Quanto mais qualificado o grupo for mais fácil o processo de gestão, de elevar o nível competitivo e maior a sua chance de resultado desportivo dentro do clube. Tenho que ter a compreensão das limitações financeiras e estruturais que o clube tem", afirmou Tiago Nunes.

"Estamos alinhados com o clube e a direção. Muitas vezes não é o que o torcedor gostaria de ouvir. O torcedor quer reforços, sempre sonha com mais jogadores, nomes de impactos. Mas acredito muito no aspecto coletivo que faça com que a equipe se desenvolva. As potencialidades e individualidades aparecem através do time, do coletivo. Sim, quero mais reforços. Todo treinador do Brasil quer, mas entendo as limitações. Caso não venham, estou preparado e satisfeito para trabalhar com o grupo que temos, porque é um grupo qualificado e competitivo", completou.

 

O treinador passou a limpo os objetivos do Ceará em 2022. Além de alcançar as finais do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste, Tiago Nunes mira fazer história nas competições mais expressivas do calendário.

"Na Copa do Brasil e na Sul-Americana, é tentar fazer aquilo que não foi feito ainda, buscar títulos, chegar o mais longe possível, sendo efetivos nas competições. No Brasileiro, é fazer os 45 pontos e, a partir daí, sonhar. Nos últimos dois anos, foi a 11ª colocação. Quem sabe confirmar mais uma vez a vaga na Sul-Americana, que isso se torne rotina, e sonhar um pouco mais alto com Libertadores. Tudo isso é passo a passo", pontuou.

Campeão em 2018 da Sul-Americana com o Athletico-PR, o treinador conhece bem a competição e tem a missão de conduzir o Ceará em 2022 no torneio. O Vovô disputou o certame internacional na temporada passada, quando a Sula passou a ter fase de grupos.

"Eu penso que podemos sonhar (na Sul-Americana). É uma competição dura. Já pude ser campeão. Ano passado com o Grêmio, fizemos a melhor campanha da primeira fase entre todas as equipes. Agora além da parte técnica, competitiva, mental, que é muito importante em competições de mata-mata porque é tiro curto, tem que ter um pouco de sorte. São muitos fatores que têm que conspirar para que as coisas andem para esse rumo. Eu sou sonhador, penso nisso. Acredito que podemos competir. Já ganhei, sei o sabor de como é ganhar uma competição como essa. A última final foi entre dois brasileiros que não eram favoritos no início da competição. Podemos sonhar. Primeiro objetivo é passar da primeira fase. Depois que entra no mata-mata depende muito da nossa arquibancada e do nosso rendimento em campo."

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Com Horácio Neto