Trocas de Tiago Nunes foram positivas para o Ceará? Comentaristas opinam

No episódio 176 do FutCast, Gerson Barbosa e Thiago Minhoca analisam impacto das entradas de Geovane, Kelvyn e Rick no time titular do Vovô

No segundo jogo à frente do Ceará, o técnico Tiago Nunes fez mudanças na escalação e deu oportunidade aos jovens Geovane, Kelvyn e Rick no empate em 0 a 0 com o Santos-SP, no último sábado, 18, na Arena Castelão, pela Série A. O tema foi debatido no episódio 176 do FutCast, o podcast do O POVO sobre o futebol cearense.

A entrada das crias da base foi uma tentativa de dar nova cara ao meio-campo e ao setor ofensivo da equipe, que não balança as redes há três jogos no Brasileirão. Geovane formou dupla com Fernando Sobral, enquanto Kelvyn e Rick atuaram mais avançados na companhia de Vina e Jael.

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Com apresentação de Thiago Minhoca e comentários de Gerson Barbosa e Afonso Ribeiro, o grupo analisou o impacto das mudanças do treinador alvinegro. O POVO repercute abaixo as opiniões dos comentaristas.

Gerson Barbosa - O retorno do Rick é uma justiça, embora ele não tenha feito um bom jogo. Ele apareceu com alguns chutes, algumas possibilidades de gol, mas, no geral, não gostei muito do jogo dele. Mas foi uma justiça o retorno dele porque realmente estava sendo um dos melhores jogadores do ataque e merecia essa titularidade. As entradas de Kelvyn e Geovane trouxeram mudanças para o Ceará. O Kelvyn foi mais uma situação específica de jogo, e eu gostei muito do jogo do Kelvyn, um dos melhores em campo. Ele ajudou muito na fase defensiva, principalmente no lado do Marinho, e ofensivamente não comprometeu, pelo contrário, até criou algumas oportunidades, com jogadas individuais e de pensamento rápido, tomadas de decisão. Gostei muito da entrada dele. E o que mais me agradou, porque altera o estilo de jogo do Ceará, foi a entrada do Geovane. Ele cometeu alguns erros normais para quem está começando a carreira profissional, teve poucas oportunidades e precisa de ritmo de jogo e entrosamento com a equipe. A entrada do Geovane me agradou muito por conta da questão da alteração do estilo de jogo do Ceará no meio, na segunda fase de construção, em que os volantes aparecem muito. E o Ceará não tinha um volante no elenco que fazia as coisas que o Geovane fez nesse jogo: viradas de jogo muito interessantes, visão de jogo bem apurada, estava conseguindo encontrar atletas em situações que não eram normais. Isso abre o leque de possibilidades ofensivas para o Alvinegro para tentar dar um repertório maior ao ataque.

Thiago Minhoca - Eu concordo com o Tiago Nunes de que houve evolução, mas uma evolução muito pequena em termos de melhora significativa a ponto de a equipe ter uma confiança a mais. Sempre tinha um jogador que não estava na sintonia certa na hora da construção da jogada. A bola saía do Geovane, chegava no Kelvyn, aí soltava no Vina, que errava, ou chegava para o Rick, que errava, ou lá no Jael, que errava. Faltava sempre a construção mais segura. Essa movimentação em campo tem que ser melhor realizada. Senti um Ceará mais leve, mais dinâmico, com mais movimentação, mas faltou mais organização nessas movimentações. Teve momentos que o Kelvyn guardou mais posição e liberou mais o Bruno Pacheco, mas a jogada não conseguia ser executada da melhor maneira. A ideia que o Tiago Nunes está tentando implementar é bem interessante.

Ouça abaixo o episódio completo do FutCast:

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