Reedição da final de 2020: veja o que mudou no Ceará e Bahia para a decisão de 2021

Após nove meses, Ceará e Bahia se reencontram na final da Copa do Nordeste 2021. O Esportes O POVO analisa as principais mudanças deste novo capítulo

Ceará e Bahia se reencontram na final da Copa do Nordeste de 2021, neste sábado, 1º, nove meses após o último embate na decisão do torneio regional de 2020, quando o Vovô conquistou o bi da competição. Passado esse período, o que mudou nas duas equipes? O Esportes O POVO analisa.

De lá pra cá, é importante ressaltar que os dois times fizeram campanhas distintas na sequência da temporada. O Alvinegro do Porangabuçu seguiu em alta, chegou até as quartas de final da Copa do Brasil e fez a sua melhor campanha na Série A de pontos corridos, terminando em 11º lugar. Já o Esquadrão alcançou as quartas de final da Sul-Americana, mas decepcionou no Brasileirão e lutou contra o Z4.

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Virada a página da temporada passada, Ceará e Bahia chegam para o duelo em alta, com sequências invictas, mas em contextos diferentes. O Vovô segue embalado com a campanha vitoriosa de 2020, manteve a base do elenco, reforçou a equipe e renovou com o técnico Guto Ferreira, segundo treinador mais longevo do futebol brasileiro, com mais de um ano no comando.

O Tricolor iniciou a temporada de 2021 sob desconfiança após campanha irregular. O técnico Dado Cavalvanti, que assumiu o time em dezembro de 2020 e evitou o rebaixamento, ainda busca conquistar de vez a torcida baiana. O Bahia passou por reformulação, trouxe reforços para qualificar o elenco e chega bastante modificado em relação ao último encontro contra o rival cearense na final do Nordestão.

A campanha do Ceará até a final de 2020 foi de cinco vitórias e cinco empates, com 17 gols marcados e nove sofridos. Em 2021, o time do Porangabuçu volta a decisão novamente invicto com seis triunfos e quatro empates, com 19 gols marcados e apenas três sofridos. O Vovô é dono da maior sequência invicta da história do Nordestão, com 22 partidas sem perder.

A campanha do Bahia até a final de 2020 foi de sete vitórias, dois empates e uma derrota, com 17 gols marcados e seis sofridos. Em 2021, o Esquadrão carimbou vaga para a decisão após cinco triunfos, dois empates e três derrotas, com 20 gols marcados e nove sofridos.

Melhores do que em 2020
Alvinegro e Tricolor chegam com versões melhores do que a final do ano passado. O Vovô segue com defesa compacta e deu salto de qualidade com a chegada de Messias para formar a dupla de zaga com Luiz Otávio, além de Gabriel Dias, lateral-direito que guarda mais a posição. O ataque se tornou mais perigoso com o reforço de Mendoza e o crescimento de Lima, que não era titular naquela ocasião.

Vina segue como principal jogador da equipe e fez a melhor temporada da carreira em 2020. Os reforços elevaram a qualidade das opções no banco de reservas, como Yony González, Jorginho e Marlon. Além deles, jogadores como Saulo Mineiro e Pedro Naressi, que foram contratados depois daquela final e disputaram os jogos no restante do ano, são destaques do time atual.

No Bahia, o principal ganho foi na defesa. Bastante irregular em 2020 e alvo de críticas da torcida, a dupla de zaga foi completamente renovada e vive momento sólido com o argentino Conti ao lado de Luiz Otávio. Jovens jogadores subiram para o profissional e deram conta do recado, como os titulares Matheus Bahia, lateral-esquerdo, e Patrick, volante.

O meio de campo do Esquadrão se tornou mais técnico na versão 2021, com Danielzinho e Thaciano, reforço vindo do Grêmio. O ataque segue poderoso e goleador, com o trio Gilberto, Rodriguinho e Rossi. O camisa 9 é o artilheiro do time e da Copa do Nordeste e soma oito gols em 11 jogos.

Quem segue como titular e as novidades para final de 2021
Com base mantida do ano passado, vários jogadores que conquistaram o título em 2020 seguem no elenco. Dos atletas que foram titulares na final passada e estarão em campo novamente: Luiz Otávio, Bruno Pacheco, Charles e Vina.

No gol, Richard é o goleiro titular para 2021. Na final passada, ele era terceira opção da posição e não foi nem relacionado. Na ocasião, Fernando Prass defendeu a meta do Vovô.

Na lateral-direita, Gabriel Dias é o novo dono da posição após a saída de Samuel Xavier. Entretanto, ele não enfrentará o Bahia na primeira partida da final para cumprir suspensão após cartão vermelho na semifinal. Marlon deve ser improvisado no setor.

Na zaga, Klaus fez a dupla titular com Luiz Otávio em 2020. O defensor segue no elenco, mas perdeu a posição para Messias. Entre os volantes, Charles continua no time principal, mas agora ao lado de Oliveira. Na decisão passada, William Oliveira e Fabinho fizeram parceria no duelo da volta porque Charles estava suspenso.

Destaque da final do ano passado, Fernando Sobral, que marcou um dos gols da vitória na partida da ida por 3 a 1, deve começar no banco. O atleta, titular absoluto ao longo da temporada de 2020, se recuperou recentemente da Covid-19 e ainda busca o ritmo de jogo. É importante pontuar que o meio-campista, que atuava aberto naquela ocasião, tem sido utilizado agora como volante.

O trio de ataque está completamente renovado para a nova final. Em vez de Leandro Carvalho, que foi emprestado ao América-MG, e Fernando Sobral como extremos, o Ceará versão 2021 tem Lima e Mendoza pelas pontas. Já como centroavante Vizeu ganhou a posição de Cléber, destaque dos dois jogos da decisão de 2020, com dois gols.

No Bahia, o time é bem diferente do que disputou a final de 2020. Titulares naquela ocasião, como o goleiro Anderson, os volantes Gregore e Flávio e os atacantes Élber e Fernandão deixaram o clube. Já o lateral-direito João Pedro, lateral-esquerdo Juninho Capixaba e os zagueiros Juninho e Lucas Fonseca perderam a posição.

No gol, a novidade recente é o arqueiro Matheus Teixeira. O atleta ganhou a posição após Douglas testar positivo para a Covid-19 antes da semifinal contra o Fortaleza. O jovem de 22 anos se tornou o herói da classificação diante do Leão ao defender dois pênaltis. Na partida seguinte, em duelo pela Sul-Americana, o jogador evitou o gol do Guabirá em nova defesa de penal.

Nino Paraíba, que já estava no elenco do ano passado, ganhou a posição de João Pedro e é titular absoluto do escrete comandado por Dado Cavalcanti. Completam a defesa com novas peças a dupla de zaga Conti e Luiz Otávio e o lateral-esquerdo Matheus Bahia, cria da base do Esquadrão.

Do novo trio de meio de campo, apenas Danielzinho esteve em campo contra o Ceará em 2020, mas entrando no segundo tempo. Do ataque, Rossi e Rodriguinho reencontram o Vovô. A principal novidade é a presença do artilheiro Gilberto, que desfalcou a equipe devido à lesão.

Prováveis escalações para o primeiro jogo da final de 2021

Ceará: Richard; Marlon, Messias, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Charles e Oliveira; Lima, Vina e Mendoza; Vizeu.

Bahia: Matheus Teixeiras; Nino Paraíba, Luiz Otávio, Conti e Matheus Bahia; Patrick, Danielzinho e Thaciano; Rossi, Gilberto e Rodriguinho.

Escalações dos jogos da final de 2020

Primeiro jogo:

Ceará: Fernando Prass; Samuel Xavier, Luiz Otávio, Klaus e Bruno Pacheco; Charles e Fabinho; Fernando Sobral, Vina e Leandro Carvalho; Cléber.

Bahia: Anderson; João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore e Flávio; Clayson, Rodriguinho e Élber; Fernandão.

Segundo jogo:

Ceará: Fernando Prass; Samuel Xavier, Luiz Otávio, Klaus e Bruno Pacheco; William Oliveira e Fabinho; Fernando Sobral, Vina e Leandro Carvalho; Cléber.

Bahia: Anderson; João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore e Flávio; Élber, Rodriguinho e Rossi; Fernandão.

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