Ceará domina Santos no segundo tempo, perde chances e empata na Copa do Brasil; veja lances
Com um jogador a mais no segundo tempo, Vovô não consegue vencer o Peixe e fica no 0 a 0. Jogo de volta será na próxima semana, no Castelão
17:55 | Out. 28, 2020
A vantagem numérica em campo não se refletiu no placar do jogo. Com um jogador a mais durante todo o segundo tempo, o Ceará ficou no 0 a 0 com o Santos-SP, nesta quarta-feira, 28, na Vila Belmiro, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
Liderado pelo atacante Marinho, que defendeu o time cearense em 2015, o Peixe teve mais oportunidades na primeira etapa, mas perdeu o zagueiro Lucas Veríssimo nos minutos finais, expulso após atingir o pé na cabeça de Rafael Sobis. O Vovô, que tentava aproveitar contra-ataques na primeira etapa, ganhou mais espaço, mas não conseguiu balançar as redes.
Os alvinegros voltam a duelar na próxima quarta-feira, 4, a partir das 19h, na Arena Castelão. O vencedor do confronto garante vaga nas quartas de final e embolsa mais R$ 3,3 milhões de premiação. Em caso de nova igualdade, a decisão será nos pênaltis.
Antes disso, a equipe de Porangabuçu encara o Botafogo-RJ, sábado, 31, às 17 horas, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro ocupa a 10ª posição, com 22 pontos.
Vovô reativo
Escalado com força máxima pelo técnico Guto Ferreira, o Ceará entrou em campo com postura mais cautelosa, à espera de oportunidades em contragolpes. O Santos, por sua vez, mostrava maior volume ofensivo em busca do gol.
Logo aos cinco minutos, após a zaga cearense cortar mal cruzamento, Marinho arriscou chute cruzado e levou perigo para a meta de Fernando Prass. Cinco minutos depois, o Vovô respondeu com Fernando Sobral, que recebeu passe de Sobis em contra-ataque, partiu em velocidade na diagonal e chutou à direita de João Paulo.
Os donos da casa tentaram chegar com perigo outras duas vezes, em cruzamento de Jean Mota e chute de Soteldo, mas sem sucesso. Aos 29, o Peixe teve a melhor chance da primeira etapa: Soteldo se livrou de três marcadores, bateu colocado e obrigou Prass a fazer boa defesa. No rebote, Lucas Braga cabeceou por cima do gol.
Nos minutos finais do primeiro tempo, mais solto, o Alvinegro cearense conseguiu chegar mais vezes ao campo de ataque. Primeiro, aos 36, em chute rasteiro de Vina da entrada área, obrigando João Paulo a espalmar para escanteio. Depois, Rafael Sobis arriscou chute de fora da área. Por fim, Eduardo fez jogada pelo lado direito e bateu cruzado.
Antes da última finalização do time visitante, o Santos teve um jogador expulso. Em lance no meio-campo, Lucas Veríssimo levantou demais a perna e acertou o pé na cabeça de Sobis, que ficou sangrando. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães deu cartão amarelo, mas, após revisão no VAR, expulsou o defensor santista.
Ceará pressiona, mas não faz
Com a vantagem numérica, o Ceará assumiu postura mais ofensiva e se lançou ao ataque. Logo aos três minutos, a zaga do Peixe saiu jogando errado, Sobral aproveitou a bola e acionou Charles, que encontrou Leo Chú no lado esquerdo. O atacante invadiu a área e bateu rasteiro com perigo. Três minutos depois, Vina carregou a bola da intermediária e arriscou finalização de fora da área.
Do outro lado, os velocistas Marinho e Soteldo tentavam aproveitar os espaços deixados pelo sistema defensivo do Vovô. O camisa 11 encheu o pé em finalização dentro da área, e Prass espalmou para fora. Depois, foi a vez do venezuelano tentar chute rasteiro. A dupla ainda levou perigo em cruzamento rasteiro do camisa 10, que encontrou Marinho livre na área, mas o chute foi defendido pelo camisa 1 cearense.
Depois disso, as melhores chances foram do Ceará. Aos 20, Vina tabelou com Rafael Sobis dentro da área e chutou cruzado, mas João Paulo defendeu. Três minutos depois, em troca de passes no ataque, o camisa 29 tabelou com Lima e acionou o experiente atacante, que encontrou o jovem Rick na ponta esquerda, mas o chute saiu por cima do gol.
Na reta final do confronto, Vovô perdeu o ímpeto ofensivo, mesmo com gás novo pelas substituições, e o Santos conseguiu conter melhor as investidas dos visitantes. O time de Guto Ferreira trocava passes em busca de brechas, mas esbarrava na marcação adversária.