Ex-Ceará, volante Pedro Naressi faz sucesso na Bulgária e chega aos 100 jogos

O jogador conversou de forma exclusiva com o Esportes O POVO, e comentou sobre ter alcançado esse feito importante em sua carreira

O volante Pedro Naressi, que defendeu a camisa do Ceará entre as temporadas de 2020 e 2021, vem marcando seu nome no futebol búlgaro. Atleta do Ludogorets, umas principais equipes do país europeu, o meia atingiu recentemente a marca de 100 jogos defendendo a camisa das Águias — forma como o clube é conhecido.

Em entrevista exclusiva ao Esportes O POVO, o meio-campista comentou sobre as conquistas na Europa, o momento em alta na carreira e a passagem pelo Ceará. "Eu fico muito feliz, porque é o primeiro clube que eu atinjo essa marca. Cem jogos é muita coisa, precisa ter uma regularidade e isso difere do Brasil, onde é mais qualidade e mais jogador para brigar por posição", afirmou.

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"Eu consegui me adaptar rápido, especialmente por conta do Rick, nós já tínhamos uma amizade no Ceará, ele já estava há seis meses aqui", complementou o atleta, citando outro ex-jogador do Alvinegro de Porangabuçu. Eles atuaram juntos no Vovô.

É comum na carreira de profissionais que deixam o Brasil em direção a outro país encarar o choque de cultura no momento da chegada. No caso de Naressi não foi diferente.

Há três temporadas no exterior, o paulista de São José do Campos pontuou sobre o empecilhos que encontrou ao chegar ao país da região dos Balcãs. "É muito diferente (a cultura). Só que aqui no Ludogorets, nós contamos com um aspecto positivo: sempre teve brasileiro, deixando mais fácil", contou.

 

Diferença no futebol e dificuldades 

O tratamento no esporte como um todo acaba se diferenciando entre os países. No Brasil, o futebol, além de principal modalidade, reúne milhares de apaixonados por ano nos mais diversos estádios espalhados pelo país. Na Bulgária, a história é outra.

Pedro ressaltou que, embora haja uma camada de torcedores mais assíduos, não é da mesma forma. "Claro que têm os apaixonados, mas não é como no Brasil, que é o principal esporte. Alguns clubes têm mais fanatismo, mas, mesmo assim, não chega perto do Brasil, onde tem 40, 50 mil pessoas no estádio, define a vida da pessoa na semana."

Ex-Vovô no Ludogorets é algo comum. Para além do próprio Pedro Naressi e de Rick, Juninho Quixadá, que defendeu as cores alvinegras entre 2018 e 2019, teve uma passagem de oito anos pela Europa. Acabou decidindo retornar após ter sintomas de depressão.

Naressi avaliou a necessidade de um preparo mental para encarar o desafio de viver fora do Brasil. "É se preparar mentalmente. Aqui não tem o calor do Brasil. Às vezes você entra numa loja e não vão lhe dar bom dia", explicou o jogador.

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