Para presidente em exercício da CBF, "a Anvisa extrapolou, poderia ter resolvido tudo antes"

Segundo Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício da Confederação, a Anvisa já acompanhava a Seleção Argentina há três dias

17:51 | Set. 05, 2021

Por: Horácio Neto
Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício da CBF, lamentou o cancelamento do confronto entre Brasil e Argentina (foto: Reprodução)

Ednaldo Rodrigues, presidente em exercício da CBF, lamentou o cancelamento da partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar entre Brasil e Argentina, após a interrupção da Anvisa. Segundo Edinaldo, o Agência Nacional de Vigilância Sanitário "extrapolou em suas decisões". 

"Lamento em nome de todos os desportistas, em nome de todos os filiados, de todo o público que estava também para acompanhar essa partida, os telespectadores, porque realmente causa indignação e acredito, com todo respeito a instituição Anvisa, mas a Anvisa realmente extrapolou em suas decisões porque poderia te lidado com tudo isso antes, não depois do jogo começar", disse o presidente em exercício.

O presidente em exercício da CBF alegou estranheza com a decisão da Anvisa invadir para a interrupção da partida entre Brasil e Argentina. De acordo com Edinaldo Rodrigues, a Agência acompanha a Seleção Argentina há três dias e não entende o motivo de a atitude ser tomada só durante o jogo.

"Pelo que tomamos conhecimento a Anvisa há três dias já estava acompanhando a Seleção Argentina. Portanto, se estava acompanhando a Seleção da Argentina e tem o protocolo da Anvisa perante todos os clubes e confederações da América do Sul, onde isso aconteceu em 23 de junho, dizendo quais são as normas com relação a entrada de pessoas de qualquer especialidade no Brasil. Portanto nos causou muito estranheza há três dias a Anvisa com a Seleção Argentina e deixar para depois que o jogo iniciou uma situação dessa", alegou Ednaldo Rodrigues.

A Agência de Vigilância Sanitária alegou que quatro atletas argentinos entraram em campo, mesmo com a determinação da agência de que teriam de cumprir isolamento no hotel para serem deportados para a Argentina. Os jogadores teriam descumprido as regras sanitárias brasileiras segundo as quais “viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil”. Apesar dos nomes não serem revelados, três devem ser que atuam na Inglaterra, o goleiro Emiliano Martinez, o zagueiro Romero e volante Giovane Lo Celso.