EUA: por que seleção não canta hino na Copa do Mundo Feminina?

Enfileiradas antes da estreia dos Estados Unidos (EUA) contra o Vietnã na Copa do Mundo Feminina de 2023, a maioria das titulares decidiu não cantar o hino norte-americano. Mas o silêncio das jogadoras começou na última edição do Mundial, em 2019.

A atitude seguida pelas tetracampeãs faz parte de uma série de críticas apresentadas por Megan Rapinoe sobre as injustiças e desigualdades em seu país. A jogadora, que recebeu a Bola de Ouro em 2019, é casada com a atleta de WNBA, Sue Bird.

“Como uma americana gay, eu sei o que significa olhar para essa bandeira e não tê-la como símbolo de proteção à sua liberdade. É algo pequeno que eu poderia fazer e planejo continuar fazendo”, explicou Rapinoe.

A decisão da atleta foi inspirada pelo jogador de futebol americano e ativista de direitos civis, Colin Kaepernick. O quarterback se ajoelhou durante o hino nacional em protesto contra a violência policial nos Estados Unidos.

Em resposta à National Football League (NFL), Kaepernick reiterou que não iria se levantar “para mostrar orgulho a uma bandeira de um país que oprime negros e negras”. Ele completa: “Para mim, isso é maior do que o futebol e seria egoísta eu ignorar isso”.

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EUA na Copa Feminina 2023: o que faria Rapinoe voltar a cantar o hino?

O portal Yahoo Sports questionou Megan Rapinoe, ainda em 2019, sobre a possibilidade da jogadora voltar a cantar o hino dos Estados Unidos. “Isso levaria muito”, afirmou.

"Seria necessária uma reforma da justiça criminal. (...) Seria necessário muito progresso nos direitos LGBTQ. Temos tanta disparidade neste país (Estados Unidos) de tantas maneiras diferentes, desigualdade de tantas maneiras diferentes”, completa.

Nem todas as mulheres da equipe mantém o protesto. A zagueira Noemi Girma, por exemplo, respondeu em entrevista coletiva que “cada jogadora pode escolher, é tudo o que tenho a dizer''.

Copa do Mundo Feminina 2023: classificação dos EUA

As norte-americanas foram classificadas para as oitavas de final do Mundial após empate com a equipe portuguesa. Agora, os Estados Unidos enfrentarão a Suécia no dia 6 de agosto.

Na última edição da Copa Feminina, em 2019, os Estados Unidos levantaram a taça ao alcançarem o primeiro lugar na competição.

Copa do Mundo Feminina 2023: chaveamento das oitavas

Veja as datas e os horários (de Brasília) para as oitavas de final da Copa do Mundo Feminina 2023.

05 de agosto

Jogo 1 - Suíça x Espanha, 2h, Eden Park

Jogo 2 - Japão x Noruega, 5h, Estádio Regional de Wellington

Jogo 3 - Países Baixos x África do Sul, 23h, Estádio de Futebol de Sydney

06 de agosto

Jogo 4 - Suécia x Estados Unidos, 6h, Estádio Rectangular de Melbourne

07 de agosto

Jogo 5 - Inglaterra x Nigéria, 04h30, Estádio Austrália

Jogo 6 - Austrália x Dinamarca, 07h30, Estádio de Brisbane

08 de agosto

Jogo 7 - 1º Grupo F vs 2º Grupo H, 08h, Estádio de Hindmarsh

Jogo 8 - 1º Grupo H vs 2º Grupo F, 5h, Estádio Rectangular de Melbourne

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