Com gol de Pedro Raul, Ceará empata com Fortaleza e é bicampeão invicto do Cearense

Com gol de Pedro Raul, Ceará empata com Fortaleza e é bicampeão invicto do Cearense

O Alvinegro, com a conquista, passa a ser o maior campeão estadual, com 47 títulos, um a mais que o rival Fortaleza

A hegemonia do Campeonato Cearense tem nome: Ceará Sporting Club. Em jogo tenso, o Alvinegro de Porangabuçu buscou o empate contra o Fortaleza neste sábado, 22, por 1 a 1, e confirmou o bicampeonato – no jogo de ida, a equipe comandada por Léo Condé venceu por 1 a 0, totalizando 2 a 1 no agregado. Foi a 47ª taça da história do clube de Porangabuçu, que assumiu o posto de maior campeão estadual.

A partida contou com reviravoltas e emoção até o fim. O Vovô, com a vantagem do empate, viu o Leão abrir o placar aos 13 minutos do segundo tempo, com Lucas Sasha, cinco minutos após a equipe tricolor ter perdido um jogador, o zagueiro Gastón Ávila, expulso. Apesar do baque, o Alvinegro reagiu, encurralou o rival em seu campo de defesa e empatou a partida aos 28 minutos, com um bonito gol de Pedro Raul.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Pelo segundo ano consecutivo, o Ceará conquistou a taça do Estadual de forma invicta, sem perder nenhum jogo sequer. Na campanha deste ano, o Vovô foi soberano: venceu sete duelos e empatou um. Além disso, terminou com o melhor ataque e a melhor defesa da competição.

Ceará 1x1 Fortaleza: o jogo

Com a Arena Castelão lotada de torcedores e um clima digno de final, Ceará e Fortaleza perfilaram em campo com uma certeza: somente um, neste sábado, 22, tomaria para si a hegemonia do Campeonato Cearense. A linda festa nas arquibancadas de ambas as torcidas, alvinegros e tricolores, com vários mosaicos diferentes, provocações, bandeirões e cantoria, deu o tom do que se esperava do confronto entre os times dentro de campo.

A realidade, entretanto, foi outra. Assim como no primeiro tempo do jogo de ida, o embate entre Vovô e Leão foi truncado, com muitas faltas e quase nenhuma chance real de gol. No embate tático dos treinadores, Vojvoda optou por mudar a escalação e colocou quatro atacantes de ofício no Tricolor. Léo Condé, em contraponto, manteve o mesmo time que venceu o Clássico-Rei no jogo de ida.

Do lado do Fortaleza, a melhor oportunidade aconteceu com um chute de Moisés da intermediária, após sobra em cobrança de escanteio – a finalização saiu por cima da baliza. Do lado do Ceará, Marllon quase marcou de cabeça, já nos acréscimos, mas a bola passou rente à trave. Mérito para o sistema defensivo dos dois times, que não deram espaço e não falharam nos momentos sem posse.

Se, com a bola rolando, as emoções estavam abaixo da expectativa, um lance aos 30 minutos mudou, pelo menos por alguns minutos, o clima no Gigante da Boa Vista. Isso porque o juiz, Rafael Klein, sacou o cartão vermelho direto para Matheus Bahia, lateral-esquerdo do Vovô, por falta em Yago Pikachu. A decisão, porém, foi revertida após o árbitro analisar a jogada no VAR.

Na volta do segundo tempo, uma sucessão de lances cruciais mudou o roteiro do jogo. Gastón Ávila, que havia entrado no lugar de Brítez no retorno do vestiário, foi expulso aos sete minutos após um carrinho frontal em Fernando Sobral. O zagueiro argentino, que também havia sido responsável pelo pênalti que culminou na derrota do Leão no duelo de ida, deixou o campo com o estigma de vilão.

Mas o Fortaleza não se intimidou. Reuniu forças e se lançou ao ataque. O Ceará, mantendo sua postura extremamente conservadora, não soube aproveitar o momento e viu, aos 13 minutos, sua vantagem no placar agregado sucumbir. Em cobrança de escanteio, Tinga subiu mais alto que a defesa alvinegra e escorou para Lucas Sasha que, na pequena área e sem marcação alguma, empurrou para o gol. O tento, antes anulado pela assistente por suposto impedimento, foi validado pelo VAR.

O gol do Leão mudou tudo. Tudo estava igualado e a decisão, assim como em 2024, caminhava para a disputa por pênaltis. As posturas dos times também mudaram. O Tricolor, com um a menos, recuou as linhas e se fechou. O Alvinegro, precisando pelo menos empatar para conquistar o título no tempo regulamentar, passou a ser, naturalmente, mais ofensivo – algo potencializado pelas trocas de Condé, que colocou Lourenço e Galeano em campo.

Em meio às expressões de apreensão dos torcedores na arquibancada, um lado sorriu: o Alvinegro. Fabiano, com um cruzamento na medida, achou Pedro Raul, que, antes da marca do pênalti, antecipou a marcação de Tinga e cabeceou bonito para o fundo das redes. O gol do centroavante, o quinto dele em seis jogos pelo Vovô, recolocou o clube em vantagem no duelo. O título ficou próximo.

E se confirmou. O Ceará, melhor fisicamente, manteve o controle das ações e não permitiu qualquer reação do Fortaleza. Título merecido do Alvinegro, que foi mais consistente e, sobretudo, eficiente, ao longo de todo o campeonato. 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar