Em jogo truncado, Fortaleza e Ceará empatam sem gols na 1ª final do Cearense
Com o resultado, nenhuma das equipes conquistou qualquer vantagem para o jogo da volta, no próximo sábado, 6, que definirá o campeão estadual de 2024Em jogo truncado e de poucos erros, Fortaleza e Ceará ficaram no 0 a 0 na Arena Castelão pelo primeiro jogo da final do Campeonato Cearense de 2024. O resultado mantém a decisão totalmente em aberto para o segundo duelo, que acontecerá no próximo sábado, 6 de abril, desta vez com mando de campo do Vovô. Em caso de novo empate, a definição do título acontecerá nos pênaltis.
Fortaleza 0 x 0 Ceará: o jogo
Pressionado pelas três derrotas consecutivas, Vojvoda resolveu mudar o Fortaleza taticamente para o Clássico-Rei e surpreendeu na escalação. O treinador argentino abriu mão do 4-3-3 e montou o Leão no 5-3-2, com três zagueiros, dois laterais e três volantes, fortalecendo, assim, o sistema defensivo da equipe, mas sacrificando o poder ofensivo.
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Vagner Mancini, por outro lado, vindo de três vitórias e com o Ceará em boa fase, manteve a fórmula que vem dando certo. Lançou o Alvinegro no tradicional 4-3-3, com Mugni no lugar de Castilho, que ficou fora por desconforto muscular, e com Pulga, Barceló e Aylon no ataque. O restante da equipe foi a mesma base titular que se firmou nesta temporada.
Com a bola rolando, a dinâmica se estabeleceu com o Ceará tendo a posse de bola — o Alvinegro terminou o primeiro tempo com 60% — e o Fortaleza tentando roubá-la no meio-campo para contra-atacar. Prevaleceu as boas atuações do sistema defensivo de ambas equipes, que foram soberanos e praticamente não cederam chances de gol. Destaque para os zagueiros Matheus Felipe, do Vovô, e Kuscevic, do Leão.
Pelo lado do Vovô, apesar da posse de bola alta, a equipe teve dificuldades para quebrar as linhas compactas do Tricolor, que se armou com cinco jogadores à frente da área e mais três ocupando o meio-campo. Já o Leão, que alternou entre marcação em bloco baixo e alto, até conseguiu alguns desarmes interessantes para transicionar, mas pecou no último passe.
Durante boa parte da etapa inicial, o jogo ficou travado. Não à toa, foram apenas quatro finalizações, três do Ceará e uma do Fortaleza. A melhor oportunidade aconteceu no início do jogo, quando Raí Ramos arriscou de fora da área, a bola desviou e João Ricardo fez ótima defesa. No mais, nenhum lance realmente concreto — com exceção de uma chegada promissora de Moisés que acabou interceptada por Matheus Bahia.
Para o segundo tempo, o Fortaleza voltou com uma postura diferente. Vojvoda trocou Moisés por Marinho, que entrou bem na partida, e o Leão passou a ser mais proativo e incisivo no ataque. Com poucos minutos, Dudu, em chute cruzado, quase marcou, mas Richard fez grande defesa.
Em contraponto, o Ceará perdeu o ímpeto da primeira etapa. Recuou e, nos momentos que teve a bola, não conseguiu encaixar as transições. Erick Pulga, principal jogador da equipe alvinegra, sofreu com a forte marcação tricolor, assim como Barceló e Aylon.
Com 25 minutos no ponteiro, o duelo ficou aberto e elevou as emoções do Clássico-Rei. O Ceará, com Saulo Mineiro, perdeu um gol inacreditável após o atacante ganhar dividida com Kuscevic e ficar cara a cara com João Ricardo. Pulga, em um chute de fora da área, também assustou. O Fortaleza, com chegadas pela direita, também criou boas situações, mas pecou na conclusão.
No fim, prevaleceu o empate sem gols. Segue tudo em aberto para a decisão no próximo sábado, 6.
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