Vojvoda e Mancini fazem duelo de estratégias no primeiro Clássico-Rei da final

Cercado de expectativa, o duelo entre Leão e Vovô já chamou a atenção dos torcedores uma hora antes da bola rolar

20:52 | Mar. 30, 2024

Por: João Pedro Oliveira
Mancini e Vojvoda, lado a lado à beira de campo do Castelão (foto: FÁBIO LIMA)

Principal do futebol cearense, o Clássico-Rei abriu a disputa pelo título do Campeonato Estadual de 2024 na tarde deste sábado, 30. Em jogo disputado na Arena Castelão, os rivais empataram sem gols e deixaram tudo em aberto para a partida da volta, que será realizada no próximo dia 6.

Cercado de expectativa, o duelo entre Leão e Vovô já chamou a atenção dos torcedores uma hora antes da bola rolar. Isso porque o técnico Juan Pablo Vojvoda inovou sua escalação e fugiu do 4-3-3 utilizado há meses. 

Para encarar o maior rival, o comandante argentino mandou uma equipe em campo na formação 5-3-2 visando fortalecer o setor defensivo. Na ocasião, a última linha foi formada por Dudu, Brítez, Kuscevic, Titi e Bruno Pacheco. Já o segundo bloco foi integrado por Zé Welisson, Hércules e Lucas Sasha, restando apenas Lucero e Moisés no ataque.

A estratégia leonina deu certo. Diferente dos outros clássicos, o Fortaleza se mostrou mais seguro defensivamente, apesar de João Ricardo ter feito duas defesas difíceis no confronto.

No segundo tempo, mesmo com as alterações, a equipe seguiu equilibrada e até arriscou mais jogadas no último terço do campo. Em resumo, os principais destaques pelo lado tricolor foram Dudu, Brítez, Lucas Sasha, Hércules e Marinho. 

Por outro lado, o técnico Vagner Mancini também conseguiu manter um Ceará consciente em campo. Bem armado defensivamente, o time alvinegro seguiu com seu esquema padrão e contou com boas atuações de Matheus Felipe e Matheus Bahia na última linha.

Já no setor de meio-campo, Mugni e Lourenço se mostraram participativos e tiveram bons momentos durante a partida. Completando 250 jogos com a camisa alvinegra, Richardson também teve uma atuação segura, apesar de deixar o campo após tomar cartão amarelo na segunda etapa.

No confronto, os únicos pontos negativos foram, de fato, os setores ofensivos de ambos os times. No Fortaleza, Lucero e Moisés pouco agregaram e, quando tiveram a posse de bola, não conseguiram levar perigo ao gol de Richard.

No Ceará, Erick Pulga, Barceló e Aylon também viveram um cenário semelhante. Este primeiro, inclusive, não conseguiu repetir as boas atuações que vem tendo na temporada. No jogo, o camisa 16 foi cercado, principalmente por Dudu e Brítez, e encontrou grande dificuldade para criar chances a favor do Alvinegro de Porangabuçu.

Para o duelo de volta, que será disputado no próximo sábado, 6, a expectativa é de que as equipes se lancem um pouco mais ao ataque. Porém, é importante que sigam mantendo o equilíbrio presente na primeira parte da grande final.

Qualquer que seja a estratégia, é certo que Vojvoda e Mancini mandarão suas equipes a campo buscando fazer história. No Tricolor, o hexacampeonato inédito é o grande objetivo. Já no Alvinegro, a intenção é quebrar uma hegemonia rival e voltar a conquistar o título após cinco anos.