Festa das torcidas no Clássico-Rei tem provocação, mosaicos e gritos homofóbicos
Torcidas de Fortaleza e Ceará aplaudiram as duas equipes no final do jogo pela entrega dos jogadores em campo, no CastelãoO primeiro Clássico-Rei de 2024 ficou marcado pela festa dos torcedores de Fortaleza e Ceará na Arena Castelão.
Com direito à mosaico de papel e 3D, os tricolores homenagearam a Leões da TUF, torcida organizada do clube, pelo aniversário de 33 anos completados ontem. Em campo, o Juba, mascote do Tricolor do Pici, entrou em campo com uma bandeira de mastro da organizada.
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Pelo lado alvinegro, a festa contou com três bandeirões, sendo dois em alusão à Cearamor, torcida organizada do Vovô, e um à camisa do Ceará.
Antes da disputa acontecer em campo, as torcidas protagonizaram um espetáculo particular - vale lembrar que, diferente do que acontece em parte do Brasil, o Clássico-Rei é disputado com a presença das duas torcidas. Nas arquibancadas, a disputa era na voz. Músicas em alusão às organizadas e ao clube eram entoadas.
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Com a bola rolando, um episódio marcou o Clássico-Rei: a torcida do Fortaleza exibiu um mosaico 3D com a imagem do personagem Seu Barriga, do seriado Chaves, acompanhado da frase: “paga o que deve”.
A provocação é uma alusão às dívidas do Ceará com atletas que participaram do elenco entre 2022 e 2023.
A resposta da torcida do Alvinegro veio com provocação relembrando a briga do Tricolor contra o rebaixamento na Série C do Brasileiro, em 2011, pedindo para que o Fortaleza pagasse cheque ao CRB.
A festa da torcida pode ser dividida entre os dois tempos da partida. Na etapa inicial, os alvinegros prevaleceram, principalmente com os tentos assinalados por Matheus Felipe e Aylon. A vantagem trouxe tranquilidade e animação em meio ao cenário de tensão que se estendeu nos minutos iniciais.
Cânticos de amor ao clube foram entoados e, após o segundo gol, a torcida alvinegra provocou a tricolor com o tradicional: “ah, cadê a TUF?”.
A etapa decisiva ficou marcada por uma virada impressionante do Fortaleza. Em 13 minutos, entre os 24 e o 37, Tinga, Kauan e Machuca colocaram o Tricolor em vantagem na Arena Castelão, mudando completamente a atmosfera da arquibancada.
No momento do terceiro gol, alguns torcedores do Ceará optaram por deixar o estádio, enquanto os tricolores acenavam dando tchau.
A festa tricolor, que ficou marcada também por cânticos homofóbicos, utilizando o termo “Ceará gay” para se referir ao rival, durou até os 49 minutos, quando Yago Pikachu colocou a mão na bola, após cabeçada de Erick Pulga, e a arbitragem assinalou pênalti.
Na cobrança, Saulo Mineiro colocou “água no chopp” dos tricolores que festejavam a vitória nas arquibancadas.
O empate levou novamente o torcedor do Ceará à euforia. A comemoração, junto dos jogadores, ao término da partida, também ficou marcada por cânticos homofóbicos, com os atletas puxando a torcida para cantar a tradicional música provocativa “liga pro zoológico” que tem o trecho a "TUF é gay".
Antes da partida, o sistema de som do estádio soltou um comunicado informando que cânticos homofóbicos eram proibidos no estádio.
Após o apito final, as duas torcidas aplaudiram os jogadores pela entrega em campo.
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