Jovem torcedor da Argentina imita macaco durante goleada contra o Brasil
O torcedor foi flagrado imitando um macaco nas arquibancadas do estádio Monumental de Núñez, na Argentina
Em jogo que marcou a derrota do Brasil para a Argentina na noite dessa terça-feira, 25, um torcedor argentino foi flagrado imitando um macaco na direção dos brasileiros nas arquibancadas do estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
O registro foi publicado nas redes sociais pelo jornalista Tomer Savoia, membro da torcida organizada Movimento Verde Amarelo.
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No último sábado, 22, o lateral Guilherme Arana, em entrevista coletiva, já fazia um alerta sobre os possíveis casos de racismo no jogo contra a Argentina. “Nessa questão, espero que não venha a acontecer. Já estamos batendo na tecla há muito tempo. Caso venha acontecer, tomaremos as medidas necessárias, porque esse assunto já vem de longas datas”, ressaltou o jogador.
Antes da partida entre Argentina e Brasil, a Associação do Futebol Argentino (AFA) fez uma publicação em suas redes sociais de combate ao racismo. "Lutemos todos contra o racismo!", dizia a legenda do vídeo.
O técnico da Argentina, Lionel Scaloni, também comentou sobre a campanha da AFA contra o racismo antes do jogo.
"O racismo está totalmente fora de questão. Em nossas cabeças não existe essa palavra. Esperamos que quem for, seja para apoiar a seleção. Creio que também irão torcedores do Brasil. E ponto. Não há o que se discutir", afirmou o treinador.
Racismo no futebol sul-americano
O caso ocorrido na noite dessa segunda remonta à reincidência dos casos de racismo no futebol sul-americano.
Em partida recente válida pela Libertadores sub-20, o jogador Luighi, atleta do Palmeiras, sofreu ataques racistas vindos da torcida do Cerro Porteño, do Paraguai. Na ocasião, o clube foi punido com uma multa de 50 mil dólares, portões fechados em jogos da competição, além da exigência da criação de uma campanha voltada à conscientização contra o racismo.
A Conmebol, por sua vez, vem sendo duramente criticada pelas brandas sanções aplicadas nos casos de racismo. Alejandro Domínguez, presidente da entidade, já chegou a comparar a Libertadores sem o Brasil com “Tarzan sem a Chita”, em alusão à macaca personagem da série.