Libertadores sem brasileiros seria como "Tarzan sem a Chita", diz presidente da Conmebol
O questionamento foi feito em meio à declaração da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que sugeriu a saída de times do Brasil da competição após o caso do jogador Luighi, alvo de racismo por torcedores do Cerro Porteño, na Libertadores Sub-20
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, utilizou, na última segunda-feira, 17, a figura de um macaco ao responder sobre a possibilidade de a Libertadores não ter mais clubes brasileiros. A fala ocorreu em resposta à pergunta de um jornalista. O questionamento foi feito em meio à declaração da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que sugeriu a saída de times do Brasil da competição após o caso do jogador Luighi, alvo de racismo por torcedores do Cerro Porteño, na Libertadores Sub-20.
Curiosamente, a declaração do homem-forte da entidade sul-americana foi dada minutos depois de um discurso do próprio mandatário, em português, contra o racismo. Nele, no entanto, o dirigente paraguaio não mencionou como combater o preconceito racial.
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"Seria como o Tarzan sem a Chita", afirmou, então, o presidente da Conmebol ao ser questionado por repórter.
Diante da repercussão negativa, Domínguez pediu desculpas nesta terça-feira, 18:
"Em relação às minhas recentes declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de descriminação", declarou, em nota, o mandatário da entidade sul-americana.
Chita, a quem Domínguez fez a analogia, foi uma personagem da série "Tarzan". O chimpanzé participou de filmes dos anos 1930 e integrou o elenco do seriado.
Ele interpretava o animal de estimação de Tarzan e Jane, sua companheira. A personagem icônica morreu em 2011, aos 80 anos, na Flórida, nos Estados Unidos.