Eliza Samudio: o que aconteceu? Relembre caso do goleiro Bruno
Hoje estreia A Vítima Invisível: caso de Eliza Samudio na Netflix; relembre o que aconteceu 14 anos após o desaparecimento da ex do goleiro Bruno
22:15 | Set. 26, 2024
“A Vítima Invisível: o caso de Eliza Samudio” estreia hoje, 26 de setembro, na Netflix. O filme documental retrata o caso da ex-namorada do goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, que chocou o Brasil em 2010.
Eliza Samudio foi morta a mando do jogador e desde então seu corpo nunca foi encontrado.
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No ano em que Eliza desapareceu, ela tinha 26 anos e um filho com Bruno. Antes do jogador organizar o assassinato, já havia cometido diversos crimes contra a atriz, mesmo grávida, o que fez ela registrar queixa na polícia por sequestro, agressão e ameaça.
O principal objetivo do documentário é mostrar como foi a trajetória de Eliza antes do seu desaparecimento, sob a perspectiva dela. Além disso, o filme promete trazer detalhes negligenciados pelas organizações antes, durante e depois do processo de investigação.
Caso do goleiro Bruno: relembre o que aconteceu com Eliza Samudio
Eliza Samudio tinha 26 anos de idade quando desapareceu em junho de 2010 após afirmar que estava sendo perseguida e ameaçada pelo então goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, famoso por jogar pelo Flamengo.
Eliza tinha um relacionamento com Bruno e alegava que ele era o pai de seu filho, o que ele inicialmente negava. Ela já havia registrado um boletim de ocorrência em 2009, quando estava grávida, afirmando que Bruno a havia forçado a tomar remédios abortivos e a ameaçado de morte.
Após o nascimento de seu filho, continuou a buscar na Justiça o reconhecimento da paternidade e pensão alimentícia. Em junho de 2010, ela foi vista pela última vez ao sair de um hotel no Rio de Janeiro, junto com o bebê, a caminho de Minas Gerais, onde teria se encontrado com Bruno e amigos dele.
Depois desse dia, Eliza nunca mais foi vista. Seu desaparecimento desencadeou uma investigação policial de grande repercussão, dada a popularidade de Bruno e as alegações de violência.
Caso Eliza Samudio: como foi a investigação policial que chegou em Bruno
A investigação foi conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais, que logo começou a focar em Bruno e seus amigos, principalmente Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como
"Bola", e Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", amigo próximo e braço-direito de Bruno.
A partir de testemunhos e ligações telefônicas, a polícia concluiu que Eliza teria sido sequestrada, levada para o sítio de Bruno em Esmeraldas, Minas Gerais, e posteriormente assassinada.
Um dos pontos centrais da investigação foi o testemunho de uma adolescente, prima de "Macarrão", que disse ter presenciado parte do crime. Ela relatou que Eliza foi mantida em cativeiro, agredida fisicamente e depois morta.
A polícia também encontrou rastros de sangue no carro de Bruno e outras evidências que apontavam para a participação direta de Bruno e seus amigos no crime.
O corpo de Eliza nunca foi encontrado, mas as investigações indicaram que ela teria sido estrangulada por "Bola", um ex-policial militar, e que seu corpo foi desmembrado e os restos mortais dados a cães para ocultação.
Caso Eliza Samudio: o julgamento e as prisões de Bruno e seus comparsas
Em julho de 2010, Bruno e vários de seus cúmplices foram presos. O julgamento foi amplamente acompanhado pela mídia e se tornou um dos casos criminais mais comentados do Brasil.
Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. "Macarrão" e "Bola" também foram condenados, mas o corpo de Eliza nunca foi recuperado.
O caso de Eliza Samudio continua a ser lembrado como um dos episódios mais brutais e de maior repercussão envolvendo uma figura pública no Brasil, destacando questões de violência contra a mulher e a impunidade em casos de desaparecimento e assassinato.