Estádios terão capacidade flexível na Copa do Mundo Feminina no Brasil, em 2027; entenda

A estratégia de redução, no entanto, não impede de que haja um aumento gradativo conforme a competição evolua

12:10 | Mai. 17, 2024

Por: João Vitor Umbelino
Estádio Arena Castelão (foto: Vítor Silva/Botafogo)

O Brasil foi escolhido para ser o país sede da 10ª edição da Copa do Mundo Feminina, em 2027, na madrugada deste sexta-feira, 17, após vencer eleição contra a candidatura formada por Alemanha, Bélgica e Holanda. Será a primeira vez que a edição ocorrerá na América do Sul.

Para a realização da competição em território nacional, 10 estádios foram escolhidos para disputa das partidas: Maracanã, Neo Química Arena, Mané Garrincha, Fonte Nova, Beira-Rio, Mineirão, Arena Amazônia, Arena Pantanal, Castelão e Arena Pernambuco. Vale ressaltar que metade desses palcos esportivos já passou e outra metade ainda passará por vistoria da Comissão Técnica da Fifa.

Um dos pontos que chamaram a atenção para essa Copa do Mundo Feminina no Brasil é a utilização de capacidade reduzida e flexível nos estádios durante a competição.  Manuela Biz, uma das consultoras da comitiva brasileira presente no Congresso da Fifa, local onde ocorreu o anúncio da escolha do país sede, explicou o motivo da escolha pela redução.

“Existe essa preocupação, por parte da FIFA, de entender se alguns jogos da primeira fase, por exemplo, vão ter esse sould-out (venda de todos os ingressos), mesmo em estádios tão grandes, como o Mané Garrincha ou o Maracanã. E a gente sabe que não tem sould-out (venda de todos os ingressos) em alguns jogos nem na Copa do Mundo Masculina. É uma questão de que realmente alguns confrontos têm menos apelo”, disse Manuela.

A consultora ainda usou o exemplo da última Copa do Mundo Feminina, na Austrália, que houve o esgotamento de ingressos, mas que os estádios tinham capacidade menor do que os estádios brasileiros, comportando em torno de 10 e 20 mil pessoas.

Possibilidade de aumento

A escolha das Arenas com maior capacidade – mesmo não usando 100% delas – foi uma forma de entregar o melhor equipamento possível para as atletas desempenharem o futebol durante a competição. “A gente queria que as mulheres tivessem o direito de jogar nos melhores estádios que a gente tem no Brasil”, pontuou Manuela Biz.

A estratégia de redução, no entanto, não impede de que haja um aumento gradativo conforme a competição evolua, afirma a consultora. A diminuição na carga de ingressos foi um estudo feito pela comissão apenas para haver a venda de todos os ingressos disponíveis. Caso a procura seja maior do que a demanda, a capacidade pode ser expandida para jogos mais atrativos para o público.