Caso Robinho: defesa pede habeas corpus para evitar prisão imediata

Após STJ homologar sentença da Justiça da Itália para que ex-jogador cumpra pena por estupro no Brasil, defesa quer que Robinho aguarde conclusão do processo em liberdade

A defesa de Robinho, liderada por José Eduardo Alckmin, entrou com pedido de habeas corpus na noite da última quarta-feira, 20, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença da Justiça italiana, que condenou o ex-jogador a nove anos de prisão por estupro coletivo a uma mulher albanesa, em 2013, quando defendia o Milan.

O STJ determinou que Robinho tem de cumprir a pena imediatamente, no Brasil, uma vez que foi condenado em última instância na Itália a nove anos de detenção. O processo será remetido a uma Vara de Santos, onde será expedido o mandado de prisão. A partir daí, um oficial de justiça ou autoridade policial vai se dirigir até a residência do ex-jogador, na Baixada Santista, para prendê-lo.

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A ideia da defesa de Robinho é que, com o habeas corpus concedido, ele possa aguardar a conclusão do processo em liberdade. Embora o STJ tenha homologado a sentença italiana na última quarta-feira, ainda cabe recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Relembre o caso Robinho

Robinho foi condenado pela nona sessão da corte de Milão a nove anos de prisão em 2017 por estupro coletivo de uma jovem albanesa, cometido em janeiro de 2013, na boate Sio Café, quando o ex-jogador atuava pelo Milan.

Além de Robinho, Ricardo Falco também foi condenado em última instância aos mesmos nove anos de prisão, mas já havia deixado a Itália na época do julgamento e não pôde ser preso no Brasil. A Justiça italiana solicitou a extradição, negada, e agora pede para que ele cumpra a pena seu país.

Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes, outros quatro amigos de Robinho, também foram denunciados, mas, como eles não estavam na Itália durante as investigações, não foram processados.

Não foi encontrado DNA de Robinho após exames realizados na vítima, mas o ex-atacante admitiu que houve relação sexual com ela, sem outros envolvidos, de maneira consensual. A perícia, entretanto, identificou a presença de sêmen de Ricardo Falco nas roupas da mulher albanesa.

Em 2020, Robinho chegou a ser contratado pelo Santos, mas devido à forte repercussão do caso, seu vínculo acabou sendo suspenso pelo clube. No mesmo ano, o ge teve acesso de áudios do ex-atleta e seus amigos fazendo pouco caso da vítima. A divulgação dos arquivos, inclusive, foram determinantes para que o Peixe rompesse com o ex-jogador de 40 anos.

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