Itália pede ao Brasil extradição de Robinho, condenado por estupro
O caso de estupro aconteceu em uma boate de Milão, em janeiro de 2013, contra uma mulher albanesa. Em janeiro de 2022, a Suprema Corte da Itália confirmou a pena de nove anos de prisão
10:21 | Out. 04, 2022
O Ministério da Justiça da Itália pediu às autoridades brasileiras a extradição do ex-jogador Robinho e de Ricardo Falco, condenados em última instância por estupro. Ambos foram julgados por violência sexual cometida contra uma mulher albanesa na cidade de Milão, em 2013.
Em 19 de janeiro deste ano, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação de Robinho e Falco a nove anos de cadeia por violência sexual. O Ministério Público de Milão já foi informado sobre o envio da solicitação de extradição às autoridades brasileiras.
Robinho está livre no Brasil e passa a maior parte do tempo em casa, localizada em Guarujá, São Paulo. Ele não pode sair do país, já que a Itália emitiu mandado de prisão internacional. Até o momento, a Justiça Italiana não conseguiu que o ex-atacante cumpra pena em solo europeu, uma vez que a Constituição Federal de 1988 não permite que o jogador seja extraditado.
Relembre o caso
O caso de estupro aconteceu em uma boate de Milão, em janeiro de 2013. A violência sexual foi cometida contra uma mulher albanesa que comemorava seu aniversário. Além do atacante, que na época jogava pelo Milan, e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados por participação no ocorrido. Na época das investigações na Itália, os envolvidos já haviam deixado o país, por esse motivo não foram processados.
Quando foi interrogado, em 2014, Robinho admitiu relação sexual com a vítima, porém negou as acusações de estupro. O processo, iniciado em 2016, teve a primeira sentença no fim de novembro de 2017. A defesa do jogador alegou, na ocasião, que era impossível provar que a mulher estava em condição de inferioridade psíquica e física, conforme texto da sentença.
Em outubro de 2020, Robinho foi contratado pelo Santos, entretanto, o clube suspendeu o vínculo com o jogador, após pressão da torcida e de patrocinadores. Em dezembro de 2020, a Corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça, confirmou a pena de nove anos de prisão do atacante e de Falco.